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Quase 50 mil eleitores paulistanos digitaram o número “13” na urna eletrônica, no último domingo (6), quando foi realizado o primeiro turno das eleições municipais.
De acordo com dados obtidos pelo jornal O Globo, com base no Registro Digital de Voto das urnas na cidade de São Paulo (SP), disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 48,1 mil os eleitores que optaram pelo número do Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2024, pela primeira vez desde a redemocratização, o PT não teve candidatura própria na capital paulista. A legenda apoiou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e indicou a ex-prefeita Marta Suplicy para ser a candidata a vice na chapa.
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No primeiro turno, Boulos obteve 1.776.127 votos, o que representou 29,07% do total de votos válidos. O candidato do PSOL terminou em segundo lugar, atrás do prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 1.801.139 (29,48%). A diferença foi de pouco mais de 25 mil votos.
Ou seja, se pouco mais da metade dos eleitores que digitaram “13” na urna tivessem apertado “50” (o número do PSOL, de Boulos), o deputado teria terminado à frente de Nunes no primeiro turno da eleição.
Entre os votos nulos na primeira rodada do pleito, o “13” só ficou atrás do número “00”, digitado por cerca de 258 mil eleitores. Ao todo, a eleição em São Paulo teve 422.802 votos nulos (6,24% do total).
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Até hoje, o PT venceu a eleição para a prefeitura de São Paulo três vezes: em 1988 (com Luiza Erundina), 2000 (Marta Suplicy) e 2012 (Fernando Haddad). O partido chegou ao segundo turno na capital em 1992 (Eduardo Suplicy), 1996 (Erundina), 2000, 2004 (Marta), 2008 (Marta) e 2012.
O PSOL, por sua vez, jamais elegeu um prefeito de São Paulo até este momento. A legenda disputou o segundo turno uma única vez, em 2020, com o próprio Boulos.
18 mil votaram “22”
O número “22”, do Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi digitado por 18 mil eleitores na capital paulista, de acordo com os dados do TSE.
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Assim como o PT, o PL não lançou candidato próprio na maior cidade do país. A legenda, comandada pelo ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, apoiou a candidatura à reeleição do prefeito Ricardo Nunes – Bolsonaro indicou, inclusive, o coronel da reserva da Polícia Militar e ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL) como candidato a vice.