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SÃO PAULO – Dos seis candidatos tucanos que foram ao segundo turno nos estados, três venceram as eleições para governador neste domingo (28): João Doria, em São Paulo; Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul; e Reinaldo Azambuja, em Mato Grosso do Sul.
A maior derrota foi em Minas Gerais, com o senador Antônio Anastasia, que chegou a liderar as pesquisas, mas teve menos da metade dos votos de seu opositor, Romeu Zema. José de Anchieta perdeu em Roraima e Expedito Júnior, em Rondônia.
Ao comemorar a vitória, João Doria elogiou e agradeceu aos tucanos Geraldo Alckmin, candidato derrotado à Presidência; ao senador José Serra e ao ex-presidente Henrique Cardoso, mas nenhum deles estava ao lado do governador eleito.
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Logo após o primeiro turno, em reunião fechada da Executiva, Geraldo Alckmin chamou indiretamente Doria, que já apoiava Jair Bolsonaro (PSL), de “traidor” e “temerista”. Além do candidato tucano, Geraldo Alckmin também apoiou a candidatura de seu vice, Márcio França (PSB), ao governo paulista.
O resultado no segundo turno ameniza o mau resultado do partido nas eleições de 2018, a começar pela candidatura à Presidência da República, em que obteve menos de 5% dos votos – a menor votação do PSDB à Presidência desde 1994 -, e pela diminuição das bancadas na Câmara e Senado.
Na Câmara, o PSDB elegeu 29 deputados, sendo que há quatro anos a bancada era de 54 parlamentares eleitos. O número elevado, em 2014, fez com que a legenda ocupasse a confortável terceira posição na Câmara dos Deputados, atrás apenas do MDB e do PT, se favorecendo na escolha de comissões permanentes e demais cargos na Casa.
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A situação do PSDB no Senado não é diferente. Elegeu apenas oito senadores. É o menor número desde 2010. Há oito anos, foram 11 senadores eleitos pela legenda, número que em 2014 caiu para 10.
Escândalos
Há um ano, a legenda está em crise, desde que vários de seus líderes foram denunciados por envolvimento em irregularidades.
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Às vésperas das eleições, houve operações policiais que levaram à prisão os ex-governadores tucanos do Paraná, Beto Richa, e de Goiás, Marconi Perillo, acusados na Lava-Jato. Ambos eram considerados referências no PSDB e puxadores de voto.
Antes, o ex-presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), foi denunciado por suposta prática de corrupção passiva e obstrução de Justiça.