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O PSDB formalizou, nesta quinta-feira (9), apoio à pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) ao Palácio do Planalto. A votação da Executiva Nacional do partido terminou com 39 votos a favor, 6 contra – dos deputados Aécio Neves(MG), Alexandre Frota (SP), Eduardo Barbosa (MG), Paulo Abi-Ackel (MG) e Valdir Rossoni (PR), além do senador Plínio Valério (AM) – e 1 abstenção (de Nelson Marchezan Jr., vice-presidente da sigla).
O movimento ocorre após avanços nas tratativas com integrantes do MDB por uma aliança na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul ‒ uma das exigências dos tucanos ‒, mas já há previsão de traições, sobretudo em estados em que PSDB e MDB serão adversários, como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco e Goiás.
O acerto sobre a candidatura de Tebet foi costurado um dia antes no gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), cotado para a posição de vice da chapa. Será a primeira vez desde 1989 que o PSDB não terá um representante na cabeça de uma chapa na corrida presidencial.
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Com o anúncio, três partidos do autodenominado “centro” (MDB, PSDB e Cidadania) devem caminhar juntos na corrida ao Planalto, com uma candidatura alternativa à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A menos de quatro meses do pleito, o bloco terá de correr contra o tempo para transformar a “terceira via” em opção viável. Segundo as mais recentes edições das pesquisas Quaest, PoderData, Ipespe e Datafolha, Lula e Bolsonaro concentram pelo menos 75% das intenções de voto em simulações de primeiro turno ‒ o que significa mais de 86% em votos válidos.
Em seu melhor desempenho, Tebet não ultrapassa 2% das intenções de voto totais. Hoje, a candidatura alternativa a Lula e Bolsonaro mais bem posicionada nas pesquisas é a de Ciro Gomes (PDT), que chega a 9% no levantamento Ipespe.
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Filha do influente político Ramez Tebet (1936-2006), que foi governador de Mato Grosso do Sul e presidente do Senado Federal, Simone Tebet tem 52 anos e está em seu primeiro mandato como senadora.
A parlamentar é vista como perfil moderado, discreto e com boa capacidade de articulação nos bastidores. Ela é formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, especialista em Ciência do Direito pela Escola Superior de Magistratura e mestre em Direito do Estado pela PUC-SP.
Atuou como professora universitária de Direito Administrativo por 12 anos e trabalhou como consultora técnica jurídica na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, onde iniciou sua vida na política após ser eleita pelo então PMDB, com 25.251 votos, em 2002.
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Dois anos depois, ascendeu para a prefeitura de Três Lagoas (MS), sua cidade natal, onde foi reeleita. Antes de eleita senadora, Tebet também foi vice-governadora do Mato Grosso do Sul na chapa de André Puccinelli (MDB).
Como parlamentar em Brasília, já foi líder do MDB no Senado Federal, presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e se lançou candidata ao comando da casa legislativa, mas retirou seu nome em 2019 e foi derrotada dois anos depois.
Em 2021 ganhou destaque como líder da bancada feminina e por sua atuação na CPI da Covid, pelas posições firmes durante as sessões e pelas estratégias para extrair informações relevantes dos depoentes nas investigações.
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Para apoiar a candidatura de Simone Tebet ao Palácio do Planalto, o PSDB exigiu ao MDB a adesão à candidatura de Eduardo Leite ao governo do Rio Grande do Sul. O gaúcho havia deixado o cargo para disputar as prévias tucanas, quando foi derrotado por João Doria, ex-governador de São Paulo, mas demonstra interesse em tentar um novo mandato.
Desta forma, a tendência seria que o deputado estadual Gabriel Souza (MDB) desistisse da disputa pelo Palácio Piratini. Os tucanos também exigiam apoio em Pernambuco, Minas Gerais e Mato Grosso, mas não houve acordo.
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