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São Paulo, 08/04/2019 – Após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nomear pelo Twitter o economista Abraham Weintraub para o comando do Ministério da Educação em substituição a Ricardo Vélez Rodriguez, o nome de do novo ministro se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter em pelo menos dois países: o Brasil, onde Weintraub comandará um dos principais ministérios, e do Bahrein, pequena nação do Golfo Pérsico próxima ao Irã e à Arábia Saudita.
Fenômeno parecido aconteceu em março deste ano, quando a hashtag #EuApoioNovaPrevidencia também ocupou lugar de destaque no ranking dos assuntos mais comentados do Twitter bareinita.
No entanto, a recorrência de assuntos da política brasileira nas redes sociais do Bahrein não deve significar um interesse dos usuários do país pelo Brasil ou então alguma atividade virtual intensa da comunidade brasileira local – o Itamaray não tem representação no país e também não tem uma estimativa de quantos brasileiros vivem lá atualmente – mas sim a presença de empresas que oferecem impulsionamento de hashtags, segundo explicou o coordenador de projetos do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio) Marco Konopacki na ocasião da campanha virtual em apoio à reforma.
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Naquele contexto, o pesquisador disse que há companhias especializadas em “ativar gatilhos” que geram interações nas redes, e que muitas delas estão baseadas em países em que as leis de proteção a dados pessoais na internet são frágeis.
“Basta que interessados em pautas específicas tenham recursos econômicos para contratar esses serviços e ativem gatilhos que gerem interações nas redes sociais”, disse Konopacki.
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