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A Polícia Federal, o Banco Central e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) publicaram nesta segunda-feira (14) uma nota conjunta prometendo intensificar no segundo turno das eleições, marcado para 27 de outubro, ações de vigilância para prevenir, identificar e reprimir qualquer uso ilícito de saques de dinheiro que possam trazer suspeita de compra de votos.
“Considerando eventos recentes, amplamente divulgados, envolvendo apreensões de montantes vultosos de numerários em espécie, por suspeita de compra de votos em período que antecedeu o primeiro turno das eleições deste ano, a Polícia Federal, o Banco Central e a Febraban vêm a público reafirmar que todos os procedimentos de controle e segurança para prevenção e repressão de qualquer prática ilícita de saques de dinheiro estão e seguirão sendo adotados”, diz a nota.
A nota destaca que o sistema financeiro brasileiro é um dos mais modernos e inovadores do mundo, sendo inclusive, exemplo internacional. “Dezenas de milhões de pessoas em todas as regiões do País realizam seus pagamentos e acessam produtos e serviços bancários”, detalha o aviso.
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“Temos um setor bancário adequadamente regulado e em consonância com as melhores práticas internacionais, incluindo os aspectos relativos à prevenção à lavagem de dinheiro”, completa.
A nota lembra que, conforme normativos vigentes, saques de pessoas físicas e jurídicas em agências bancárias acima de R$ 50 mil necessitam de comunicação prévia e formal do cliente, com 72 horas de antecedência, bem como identificação de todas as características da transação do saque, como, por exemplo, a finalidade a que se destina.
“Todas essas movimentações continuarão a ser obrigatoriamente objeto de comunicação prévia dos bancos às autoridades competentes.”
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Durante o primeiro turno das eleições, em 6 de outubro, a PF anunciou ter apreendido R$ 21,3 milhões, em espécie. Viralizaram nas redes sociais imagens de um drone da Polícia Militar de Pernambuco flagrando dois homens comprando votos de eleitores em Pesqueira, município do agreste pernambucano.
Em Roraima, o empresário Renildo Lima, marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), chegou a ser preso em flagrante no dia 9, com R$ 500 mil em dinheiro, parte dele escondido na cueca.