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Mais de um mês após o fim das eleições e a 25 dias da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), crescem as expectativas do mundo político, de agentes econômicos e da sociedade sobre os nomes que ocuparão os ministérios do novo governo a partir de 1º de janeiro.
Em meio às especulações, Lula tem dito que só anunciará sua equipe depois da diplomação, marcada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a próxima segunda-feira (12). Mas já indica que o número de pastas deverá crescer em sua terceira passagem pelo Palácio do Planalto, para a acomodar as diversas forças políticas que integram sua base de apoio.
O presidente eleito garante já ter “80% do ministério na cabeça” – o que tem agitado as bolsas de apostas, sobretudo entre agentes do mercado financeiro, que pressionam para o anúncio da nova equipe econômica em busca de sinalizações mais claras sobre os rumos do novo governo.
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Na 40ª edição do Barômetro do Poder, levantamento feito mensalmente com consultorias e analistas independentes sobre alguns dos principais temas em discussão na política nacional, o InfoMoney ouviu as apostas dos especialistas para o comando de quatro pastas fundamentais. Os nomes de quadros petistas dominam os palpites para as posições.
O levantamento, realizado entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro, mostra que, para o Ministério da Fazenda, 83% dos especialistas consultados apostam que Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e o mais longevo Ministro da Educação do país, será o escolhido.
Na segunda colocação, aparecem empatados o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) e o economista Marcos Lisboa, com 8% cada um.
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O primeiro foi governador do Piauí por dois mandatos e agora foi escalado Lula como um dos responsáveis pela articulação da PEC da Transição e o debate sobre o Orçamento de 2023. Já o segundo foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no primeiro mandato do petista.
Para a Casa Civil, o favorito é Rui Costa (PT), governador da Bahia. Ele é indicado por 58% dos respondentes. Na sequência vem a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, com 17% das respostas.
Os nomes de Wellington Dias e Fernando Haddad aparecem empatados com 8% das menções para a pasta sediada no Palácio do Planalto. O percentual é o mesmo dos que optaram por não responder ao questionamento.
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As apostas, contudo, foram feitas antes de Lula confirmar, na última sexta-feira (2), que Gleisi Hoffmann não assumiria um ministério em seu governo. Segundo o presidente eleito, a parlamentar contribuirá mais com a nova gestão permanecendo no comando do partido e no Congresso Nacional.
Já para a Secretaria de Governo, outra posição de grande importância no Palácio do Planalto, o favorito é o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), com 60% das menções. Na sequência, aparecem empatados Wellington Dias, Rui Costa, o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Outros 17% não responderam ao questionamento.
O quadro parece mais nebuloso no Ministério do Planejamento, que será recriado a partir do desmembramento do atual Ministério da Economia.
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Neste caso, há forte dispersão de apostas. Na liderança, com 17% das menções, aparecem Pérsio Arida, economista liberal que integra o grupo de trabalho dedicado ao tema na equipe de transição, e Ana Carla Abrão, sócia da consultoria Oliver Wyman e ex-secretária da Fazenda de Goiás.
O primeiro já disse não ter interesse em assumir cargo em Brasília. Já a segunda sofre fortes resistências por vínculos com tucanos. O último cargo que ela assumiu foi a de integrante do grupo responsável pela formulação do programa de governo de João Doria (à época no PSDB) para a Presidência da República, que acabou não prosperando em razão da desistência da candidatura.
Ainda no Ministério do Planejamento, quatro nomes aparecem empatados com 8% das indicações: Nelson Barbosa, economista ligado ao PT que já comandou a pasta; Fernando Haddad; Alexandre Padilha; e o economista André Lara Resende, que, assim como Arida, integra o grupo de trabalho dedicado à economia na equipe de transição de governo.
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Um analista respondeu que o escolhido para o Planejamento seria um economista “ortodoxo”, enquanto outro disse que essa decisão partiria de Geraldo Alckmin. Outros 17% preferiram não responder ao questionamento.
Esta edição do Barômetro do Poder ouviu 8 consultorias políticas – BMJ Consultores Associados, Empower Consultoria; Eurasia Group; Medley Global Advisors; Patri Políticas Públicas; Prospectiva Consultoria; Pulso Público; e XP Política – e 4 analistas independentes – Antonio Lavareda (Ipespe); Carlos Melo (Insper); João Villaverde (FGV-SP) e Thomas Traumann.
Conforme acordado previamente com os participantes, os resultados são divulgados apenas de forma agregada, sendo preservado o anonimato das respostas e dos comentários.
Clique aqui para ter acesso à íntegra do levantamento.
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