Pessoas que cobram taxa adicional no Pix serão alvo de medidas judiciais, diz Haddad

Lula determinou que governo tome providências judiciais contra quem propaga informações falsas sobre tributação do Pix, disse o ministro da Fazenda

Reuters

Ministro Fernando Haddad 
20/12/2024
REUTERS/Adriano Machado
Ministro Fernando Haddad 20/12/2024 REUTERS/Adriano Machado

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que o governo tome providências judiciais contra quem propaga informações falsas sobre tributação do Pix, disse nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Há ações a serem tomadas na esfera criminal, inclusive contra casos de golpes dados por pessoas que estão cobrando taxas adicionais para uso do Pix sob alegação falsa de que a transação é tributada, acrescentou o ministro em entrevista a jornalistas.

“É contra quem está propagando fake news e contra quem está dando golpes… Pode haver crime contra a economia popular. A Advocacia Geral da União (AGU) foi acionada para tomar providências”, disse.

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A Receita Federal publicou neste mês norma que exige de fintechs a prestação de informações de cidadãos que movimentam acima de determinado valor, incluindo pagamentos, transferências e Pix — uma exigência já existia para bancos tradicionais.

A nova regra reduziu a exigência de prestação de contas pelas instituições para montantes mais baixos. Serão monitoradas movimentações superiores a 5 mil reais por mês por pessoa — e 15 mil no caso de empresas. Até a mudança, a apresentação das informações era feita para movimentações acima de 2 mil reais por cidadão e 6 mil reais por empresas.

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A divulgação da norma tem sido usada em redes sociais por opositores à gestão de Lula, que alegam que o governo pretende taxar as movimentações feitas pelo Pix — informação que a Receita assegura ser falsa.

Reforma tributária

Na entrevista, Haddad também afirmou que passará o dia em reuniões com Lula sobre a sanção da regulamentação da reforma tributária, que deve ser concretizada na quinta-feira.

Segundo ele, o presidente fará vetos que não tocarão no mérito do projeto, mas apenas em questões técnicas.

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O ministro ainda afirmou que o governo atua para regulamentar rapidamente as medidas de contenção de gastos aprovadas pelo Congresso Nacional no fim do ano passado, o que permitirá a aprovação do Orçamento deste ano.