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O PDT cogita rever o apoio dado a Elmar Nascimento (União Brasil-BA) à presidência da Câmara dos Deputados após o atual comandante da Casa, Arthur Lira (PP-AL), anunciar apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB) para sucedê-lo no cargo.
O partido reuniu sua bancada nesta quarta-feira (30). Foi informado aos parlamentares que o presidente em exercício da sigla, André Figueiredo (PDT-CE), e o líder do grupo na Câmara, Afonso Motta (PDT-RS), irão conversar com Elmar e Lira a respeito do eventual apoio.
O PDT aprovou, em julho, o apoio à candidatura de Elmar à presidência da Câmara. O próprio parlamentar do União Brasil esteve na reunião da sigla para anunciar a decisão. À época, ele era o favorito para a função.
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Neste momento, Motta tem a vantagem – Lira oficializou o apoio a ele nesta terça-feira (29). Em seguida, deputados do PP acompanharam o presidente da Câmara de forma unânime.
Nos bastidores, comenta-se que teria crescido a pressão de Lira sobre o PDT, que tem 18 deputados, para rever o apoio a Elmar.
É um golpe que fragiliza Elmar Nascimento na campanha. Alguns pedetistas dizem que, se ele não apresentar apoios até quinta-feira (31), o pleito deve de se deteriorar, o que dificulta sua viabilidade eleitoral.
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Na terça-feira, Elmar fez críticas a Lira, dizendo que ele rebaixa a posição institucional do cargo ao trabalhar pela candidatura de Motta. O deputado do União Brasil e Lira eram amigos próximos e romperam a relação após a decisão do parlamentar alagoano.
“Eu acho que a postura mais correta era em janeiro ele anunciar seu voto pessoal, mas ficar equidistante do processo e ficar como magistrado. Seria uma postura muito mais digna e elogiável e teria meus elogios. Eu espero ainda que ele reveja a posição, que é contra e que rebaixa a posição institucional do presidente da Câmara”, afirmou Elmar.
O deputado acusou Lira de ter atuado como “líder” do governo Bolsonaro por sua atuação como presidente da Casa na gestão do ex-presidente.
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“Vocês assistiram ao primeiro mandato do presidente Arthur Lira, ele diz que é tão a favor da convergência, que ele foi presidente da Câmara e líder do governo Bolsonaro ao mesmo tempo, modificando, inclusive, o regimento para tirar a capacidade de obstruir da Câmara dos Deputados. Não pode agora vir dizer que essa Casa tem que ser a Casa do consenso”, disse Elmar.
(Com Estadão Conteúdo)