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O ministro Paulo Pimenta (PT-RS), que comanda a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, voltou a rebater as críticas que vêm sendo feitas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter escolhido o deputado federal, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), para o posto.
Com a escolha de Lula, Pimenta foi alçado à condição de principal nome do governo federal para coordenar as ações de socorro a um estado totalmente devastado pelas inundações.
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A ideia do presidente da República é a de que Pimenta coordene todas as ações da União destinadas à recuperação do Rio Grande do Sul, atuando em conjunto com os demais ministérios, prefeitos das cidades gaúchas e o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB).
Em entrevista ao canal Canal do Barão, no YouTube, no último fim de semana, o ministro ironizou as críticas à sua nomeação para a secretaria.
“Vocês queriam o quê? Que o presidente Lula colocasse para coordenar isso alguém que não conhece o Rio Grande do Sul? Alguém que não tem trânsito dentro do governo?”, questionou Pimenta, em mensagem replicada em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
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“É preciso ter alguém que possa falar com todo mundo, que possa falar com o governador, que tenha trânsito na bancada estadual, na bancada federal”, completou o ministro.
PSDB reagiu à indicação de Pimenta
O anúncio do nome do deputado federal para a secretaria extraordinária caiu como uma “bomba” na política local, despertando uma série de críticas explícitas perpetradas por aliados do tucano Eduardo Leite.
Uma das principais lideranças do PSDB em nível nacional e muito ligado a Leite, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) classificou a indicação de Pimenta como uma “excrescência”.
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Segundo Aécio – que foi candidato à Presidência da República em 2014, derrotado no segundo turno por Dilma Rousseff (PT) –, Lula deveria ter consultado o próprio Leite antes de escolher Pimenta para o cargo. A decisão do presidente, segundo o PSDB, foi um desrespeito ao governador.
De acordo com o tucano, a escolha de Pimenta, que tem pretensões de disputar o governo do Rio Grande do Sul em 2026, “é um exemplo de que o presidente está mais preocupado com a politização do que com a efetividade das ações.”
Paulo Pimenta é cotado como provável candidato do PT à sucessão de Leite no governo do Rio Grande do Sul, em 2026. Por já estar em seu segundo mandato consecutivo como governador, o tucano não poderá concorrer ao Palácio Piratini no próximo pleito.
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Estando à frente das ações do governo federal em prol da reconstrução do estado, a tendência é a de que Pimenta ganhe projeção e até uma dimensão nacional, o que deve cacifá-lo para a disputa eleitoral daqui a 2 anos – ao menos é o que projeta Lula.
“Vou responder com trabalho, espírito público e compromisso com o Rio Grande do Sul. Não me preocupo com as críticas, que são compreensíveis. Cada uma mede a conduta dos outros pela sua régua”, afirmou Pimenta, em entrevista à CNN Brasil.
“O trabalho que nós temos pela frente é um desafio enorme para cada um de nós. Desde o primeiro momento, temos trabalhado, e quero aqui publicamente dizer isso, em absoluta sintonia e parceria com o governo do estado”, disse o secretário extraordinário.
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No Palácio do Planalto, interlocutores do presidente dizem que a motivação político-eleitoral não foi o fator determinante para a indicação de Pimenta para o cargo, embora tenha pesado na balança. Esses aliados de Lula avaliam que a ligação do ex-ministro da Secom com o Rio Grande do Sul tornava a escolha quase “inevitável”. Pimenta nasceu na cidade de Santa Maria (RS), uma das mais afetadas pelas chuvas de abril e maio deste ano.
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