Publicidade
SÃO PAULO – Paulo Guedes, coordenador econômico de Jair Bolsonaro e futuro ministro da Fazenda em um governo do candidato do PSL, não vai ser uma garantia de um governo liberal e não tem a experiência necessária para comandar a economia do Brasil. É o que afirma Persio Arida, que comanda as propostas econômicas de Geraldo Alckmin (PSDB) em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo.
Quer investir em ações com a menor corretagem do Brasil? Clique aqui e abra sua conta na Clear
Segundo ele, a fala de Bolsonaro sobre ser um liberal é uma farsa e é muito parecido com o que já ocorreu com líderes de esquerda na América Latina, como na Venezuela. Além disso, o economista acredita que Guedes não será uma garantia de governo liberal: “o presidente faz o que quer e não o que combinou com o economista. Quem tem a caneta manda”, afirma.
“Nunca faltaram bons economistas liberais no Brasil. O problema sempre foi a falta de políticos com essas convicções. Se economista liberal resolvesse, o governo Dilma tinha sido um sucesso”, disse o economista lembrando ainda da atuação de Joaquim Levy, que mesmo com grande experiência não teve sucesso.
Arida ainda chamou Guedes de mitômano, dizendo que ele “criou falsa narrativa pela qual PSDB e PT são iguais e que tudo no Brasil foi errado porque ele e os liberais nunca estiveram no poder”. Ele também aproveitou para criticar a inexperiência do economista de Bolsonaro: “ele nunca escreveu um artigo acadêmico de relevo, tornou-se um pregador liberal. Falar é fácil, fazer é muito mais difícil”.
Na mesma linha de raciocínio sobre o economista não ter tanto poder, o jornal questionou se ele teria toda a confiança em Alckimn, ao que Arida ressaltou que o tucano já fez ajuste fiscal em São Paulo. “É diferente de acreditar em alguém que se ‘converteu'”, disse.
Continua depois da publicidade
Leia também:
– “Posto Ipiranga” de Bolsonaro,Guedes lucrou R$ 600 mil com fraude na Bolsa, diz revista “O Brasil precisa de reformas que demandam emendas constitucionais e aprovação de leis. Sem articulação política, não se conseguirá. Há duas opções: fazer acordo com Centrão antes ou depois das eleições. A ideia da antipolítica, de que não vai fazer acordo com ninguém, é enganação”, continua. Por fim, Arida destacou que, para vencer, Alckmin precisa garantir os votos dos eleitores que não são de extremos e “não se iludem com essas retóricas”. Para ele, Bolsonaro e Haddad representam riscos para o País, um por defender a ditadura e outro por incitar o povo contra a Justiça. Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear
– “Por que votarei em Jair Bolsonaro”, por André Gordon
– “Por que votarei em Geraldo Alckmin”, por Andre Lichtenstein