Paulinho da Força volta à presidência do Solidariedade após prisão de dirigente

A decisão foi tomada pela Executiva Nacional da legenda após a prisão de Eurípedes Júnior, que foi alvo da Operação Fundo do Poço, da PF; Paulinho da Força já comandou o Solidariedade entre 2013 e 2022

Fábio Matos

Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, voltou à presidência do Solidariedade (Foto: Agência Câmara)
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, voltou à presidência do Solidariedade (Foto: Agência Câmara)

Publicidade

O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), foi eleito, por unanimidade, como novo presidente nacional do Solidariedade, retornando ao cargo que já havia ocupado por quase uma década, entre 2013 e 2022.

A decisão foi tomada pela Executiva Nacional da legenda após a prisão de Eurípedes Júnior, agora ex-presidente do partido. O dirigente foi alvo da Operação Fundo do Poço, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na semana passada.

Baixe uma lista de 11 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos

Continua depois da publicidade

Eurípedes, que ficou três dias foragido e se entregou aos policiais no sábado (15), é investigado por organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.

Em nota, o Solidariedade afirma que a eleição de Paulinho da Força “reflete a confiança do partido em sua capacidade de liderar a legenda de acordo com os pilares ideológicos”.

Paulinho exercia o mandato de deputado federal desde novembro do ano passado, quando tomou posse após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar o mandato do deputado Marcelo Lima (PSB-SP) por infidelidade partidária. Paulinho era o primeiro suplente na fila para ocupar a vaga.

Continua depois da publicidade

Antes de voltar à Câmara, Paulinho já havia tido quatro mandatos consecutivos como deputado federal, entre 2007 e 2020.

Operação da PF

O principal alvo da operação é o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), recentemente incorporado pelo Solidariedade.

As investigações da PF tiveram início a partir de uma denúncia feita por um dirigente do partido a respeito de supostos desvios de cerca de R$ 36 milhões. A operação policial bloqueou e indisponibilizou esse valor e mais 33 imóveis.

Continua depois da publicidade

De acordo com a PF, os suspeitos são investigados por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.

Em nota, o Solidariedade afirmou que os fatos investigados pela PF ocorreram antes da união da legenda com o PROS.

“Esses são fatos ocorridos antes da união do PROS com o Solidariedade. Estamos tomando pé da situação e ainda não temos uma posição sobre os fatos”, informou o partido.

ACESSO GRATUITO

CARTEIRA DE BONDS

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”