Partidos com ministérios no governo Lula se aliam mais ao PL de Bolsonaro na eleição

O maior apoio ao PL de Jair Bolsonaro no pleito municipal é dado pelo PP, que integra 995 chapas das quais também faz parte o PL, ante 595 do PT de Lula (uma diferença de 400); saiba quem apoia quem nas eleições

Fábio Matos

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Partidos que compõem o primeiro escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocupando pastas importantes na Esplanada dos Ministérios, União Brasil, PP, Republicanos, MDB e PSD estão coligados mais vezes ao PL (legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro) do que à federação formada por PT, PCdoB e PV nas eleições municipais deste ano.

De acordo com levantamento feito pelo site Poder360, o maior apoio ao PL de Bolsonaro no pleito municipal é dado pelo PP, que integra 995 chapas das quais também faz parte o PL, ante 595 do PT (uma diferença de 400).

O segundo colocado na lista é o União Brasil, que caminha ao lado do PL em 942 chapas para prefeito, ante 507 coligações com o PT de Lula.

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Na sequência, aparecem MDB (910 coligações com o PL e 855 com o PT), PSD (843 com PL e 796 com PT) e Republicanos (817 e 505, respectivamente). Juntos, todos esses partidos contam com uma dezena de ministérios no governo Lula.

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Quem apoia quem

Segundo o levantamento do Poder360, um dos partidos com mais proximidade com o PL de Jair Bolsonaro é o Novo, com 141 de suas 346 coligações nas eleições municipais (o que corresponde a 41%).

O partido de Bolsonaro tem no PP, legenda da base do governo, seu maior aliado, o acompanhando em 35% das coligações.

Por outro lado, partidos pequenos de esquerda, como PCB, UP e PSTU, têm 100% de suas 11 coligações formadas com a federação PSOL-Rede.

A federação formada por PT, PCdoB e PV, por sua vez, tem o MDB como seu aliado mais frequente, em 855 e 3.208 chapas das quais participa (27%).

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”