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O governo do Rio Grande do Sul tem “muita responsabilidade” pela tragédia climática que vem assolando o estado desde o fim de abril. Esta é a avaliação de quase 7 de cada 10 entrevistados pela pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (9), que mediu a percepção dos brasileiros sobre os desastrosos acontecimentos em território gaúcho.
Segundo o levantamento, 68% dos entrevistados apontam muita responsabilidade para o governo do estado, enquanto 20% dizem que a gestão tem “pouca responsabilidade” e 12%, que não tem “nenhuma responsabilidade”pela tragédia.
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Em relação ao governo federal, 59% dizem ver muita responsabilidade, ao passo que 24% veem pouca e 17%, nenhuma.
Já quando perguntados sobre a atuação das prefeituras das cidades gaúchas, 64% dos entrevistados dizem que elas têm muita responsabilidade sobre o desastre. Para 20%, tem pouca e, para 16%, nenhuma.
A pesquisa da Quaest também perguntou ao público se mais investimentos em infraestrutura poderiam ter evitado a tragédia no Rio Grande do Sul. Para 70%, a resposta foi positiva, enquanto 30% disseram que o desastre seria inevitável, mesmo com mais investimentos.
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Atuação positiva após a tragédia
Apesar de atribuir muita responsabilidade aos governos estadual, federal e municipais, a maioria dos brasileiros avalia como positiva a atuação dos entes no enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul.
Para 59% dos entrevistados, a prefeitura de Porto Alegre vem agindo bem, enquanto 54% aprovam a atuação do governo do estado e 53%, a do governo federal.
De acordo com a pesquisa, os brasileiros também avaliam de forma positiva a atuação da população local (88%), de artistas e influenciadores (73%), de lideranças locais (72%), das igrejas (70%) e das empresas (65%).
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Mudanças climáticas
O levantamento da Quaest também mostrou uma relação direta entre a percepção sobre as enchentes e a conscientização a respeito das mudanças climáticas. Para 64%, essa ligação é total, enquanto 30% dizem que é parcial – ou seja, 94% dos brasileiros reconhecem os efeitos das mudanças climáticas no país.
Segundo 96% dos entrevistados, os fenômenos climáticos mais severos têm aumentado, em intensidade e frequência, nos últimos anos – uma avaliação quase unânime, portanto.
A pesquisa
A pesquisa Genial/Quaest ouviu, presencialmente, 2.045 brasileiros de 16 anos de idade ou mais, em todos os estados do país. O grau de confiabilidade do levantamento é de 95%, e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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