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Assim como o colega Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), o senador Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente do Senado Federal e ex-relator da CPI da Covid, também se manifestou sobre as informações que constam do relatório da Polícia Federal (PF), no âmbito da investigação sobre a chamada “Abin paralela” durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com as investigações da PF, Calheiros teria sido um dos alvos de monitoramento e espionagem ilegal por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro (2019-2022).
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Entre os parlamentares monitorados, estavam Calheiros, Randolfe e o senador Omar Aziz (PSD-AM) – todos integrantes da cúpula da CPI que investigou as ações e omissões do governo Bolsonaro durante a pandemia.
“Como democrata, lamento e repudio que estruturas do Estado tenham sido criminosamente capturadas para atuar como polícias políticas, com métodos da Gestapo, um pantâno repugnante e sem fim”, escreveu Calheiros em mensagem publicada em sua conta oficial no X (antigo Twitter).
“Sigo confiante nas instituições, na apuração, denúncia e julgamento dos culpados”, completou o senador.
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O sigilo das investigações foi retirado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, o que jogou luz sobre operações que se desenrolavam nos bastidores do governo Bolsonaro, às margens do poder.
A operação da PF
A PF deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), a 4ª fase da Operação Última Milha. O objetivo é desarticular a organização criminosa que monitorava ilegalmente autoridades públicas, além de produzir notícias falsas, utilizando-se de sistemas Abin.
De acordo com a corporação, policiais federais cumprem 5 mandados de prisão preventiva e 7 de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
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Em nota, a PF informou que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos do grupo, “incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas”.
“A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos”, diz a PF.
Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.