Pacote fiscal: Câmara analisa projetos sobre mínimo, BPC, supersalários e mais

Após aval ao primeiro texto, deputados se debruçam sobre medidas centrais do pacote de gastos proposto pelo governo; veja as próximas na fila de aprovação

Equipe InfoMoney

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Após aprovação do texto-base do primeiro projeto do pacote fiscal, que limita a concessão de benefícios fiscais e despesas com pessoal em caso de déficit nas contas públicas, a Câmara dos Deputados se prepara para analisar analisar um outro projeto de lei e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que fazem parte do conjunto de medidas apresentadas pelo governo Lula para dar sobrevida ao arcabouço fiscal e retomar a confiança no equilíbrio das contas públicas.

No PL que será apreciado, estão previstas mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), Proagro, além de limite de crescimento para o salário mínimo e correção pela inflação para o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Há também medidas consideradas como “pente-fino”, como obrigatoriedade de biometria por quem recebe benefícios sociais.

Já a PEC prevê a redução a quem tem direito a abono salarial para até 1,5 salário mínimo, a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2032, além de permitir que até 20% dos gastos do governo federal com o Fundeb sejam direcionados para o ensino integral, e o fim da imposição de execução de programações orçamentárias. Também restringe os chamados supersalários.

Com as medidas enviadas ao Congresso Nacional, a equipe econômica estima uma economia de R$ 327 bilhões em cinco anos. Veja as próximas na fila de avaliação pelo Congresso.

Mínimo, BPC Bolsa Família e mais

Projeto de lei relatado pelo deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) prevê:

Supersalários, Fundeb, abono salarial

Já a PEC que conta com a relatoria de Moses Rodrigues (União CE) propõe:

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Militares

O governo também enviou ao Congresso um projeto de lei com medidas para endurecer regras para a previdência dos militares. Fica estabelecida, entre outras medidas, a idade mínima de 55 anos para aposentadoria, chamada de reserva remunerada, mas com início em 2032.

Pelas estimativas da Fazenda haverá R$ 6 bilhões em cortes de gastos até 2030 e mais R$ 6 bilhões em aumento de receitas, totalizando um impacto fiscal de R$ 12 bilhões.

(Com Estadão Conteúdo)