Pacheco cobra mudanças estruturais, equilíbrio na política fiscal e pacificação do país

Presidente do Congresso Nacional disse que a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal são prioridades dos parlamentares em 2023

Anderson Figo

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão solene do Congresso Nacional destinada a dar posse ao presidente e ao vice-presidente da República. (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão solene do Congresso Nacional destinada a dar posse ao presidente e ao vice-presidente da República. (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

Em discurso após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB), o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou do novo governo “mudanças estruturais” para combater a fome e o desemprego e superar as marcas econômicas da pandemia de Covid-19.

Pacheco disse que a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal são prioridades do Congresso em 2023. Ele cobrou também o equilíbrio das contas públicas. “A agenda econômica do novo governo precisa encontrar o ponto de equilíbrio entre política fiscal, monetária e social, a fim de que o Brasil volte a crescer e gerar empregos. Trabalho é dignidade. E este Congresso Nacional estará de prontidão para oferecer todo o arcabouço legislativo necessário para avançarmos na agenda do desenvolvimento”, destacou o senador.

O presidente do Congresso também ressaltou que a questão ambiental não pode ser negada e o problema “deve ser assumido e enfrentado”. Ele defendeu o investimento em hidrogênio verde e a regulamentação dos créditos de carbono e destacou que o Brasil tem “vantagem” para a geração de energia limpa.

Pacheco ainda defendeu “fortes investimentos” em infraestrutura e disse que é preciso “crescer de dentro para fora” e investir no interior do País. “A verdade, senhoras e senhores, é que investimentos demandam recursos, e esse é o desafio de Lula e Alckmin”, reforçou Pacheco.

Pacificação do país

Pacheco ressaltou por mais de uma vez a solidez da democracia brasileira, e elogiou o Tribunal Superior Eleitoral pelas eleições deste ano. “Neste momento solene, em que os três Poderes da República se encontram reunidos neste Congresso, em harmonia e em equilíbrio, quero concluir reafirmando nosso compromisso imperturbável com a democracia e suas instituições”, disse.

“Parte desse compromisso consiste na adesão ao mandamento da cooperação e do equilíbrio entre os Poderes, condição imperativa para a higidez da República. Diálogo, respeito e moderação – esses são os pilares, no meu ponto de vista, para que tenhamos efetiva estabilidade e possamos cumprir o que a sociedade brasileira espera de nós, enfrentando os reais problemas do país”, completou Pacheco, dizendo ainda que é possível que as eleições de 2022 possam ter sido o processo eleitoral mais importante de nossa história após a redemocratização.

O presidente do Congresso também falou que é preciso “pacificar” o país. “A hora é de pacificação. Deixemos para o passado tudo o que nos separa, tudo o que nos divide. Olhemos para o futuro como uma nova oportunidade, um recomeço. Façamos diferente. Façamos mais. Façamos melhor. O futuro se desenha no presente. A hora de mudar o futuro de nossa nação é agora. Não percamos esta oportunidade”, disse.

Pacheco disse que Lula poderá contar com a “cooperação dos parlamentares” e que o Congresso está “ávido por ver o Brasil atingir o máximo de seu potencial”.

*Com Estadão Conteúdo

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.