Ou governo muda radicalmente ou arruma as malas e dá lugar a outro, diz Skaf

Para presidente da Fiesp, economia não tem como se recuperar com um governo sem credibilidade

Estadão Conteúdo

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A economia brasileira não tem como se recuperar com um governo sem credibilidade, disse nesta quarta-feira, 2, em almoço de final de ano com a imprensa, o presidente de Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. De acordo com ele, a situação econômica do Brasil é preocupante.

“Não me lembro de tantas coincidências ruins e não vejo como a economia se recuperar com um governo sem credibilidade e fraco”, afirmou o presidente da Fiesp. Para ele, a solução para a crise econômica passa pelo reequilíbrio político.

Ainda segundo Skaf, ou o governo muda radicalmente ou “arruma as malas e dá lugar para outro”. “Não dá mais para ficar como está. Mais três anos assim não tem como aguentar”, disse Skaf.

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O Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o presidente da Fiesp, deve fechar este ano com queda de 3,5% e recuar mais 2% em 2016. Seguindo a mesma ordem, a indústria de transformação recuará 9,5% em 2015 e voltará e encolher cerca de 6,5% no próximo ano. “A vida ensina que devemos olhar para a frente, mas quando olhamos para a frente vemos que o PIB deve encolher 2%”, comentou.

A solução, segundo o executivo, é o governo cortar gastos e se tornar mais eficiente, recuperar a confiança. “Pela vantagem cambial, muito grupos querem investir no País, mas não vêm por causa da indefinição política”, lamentou Skaf.

Levy
O presidente da Fiesp também criticou o tom usado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao se referir às desonerações praticadas durante a gestão de Guido Mantega na pasta. “Acho errado que o atual ministro fique ironizando a gestão anterior” afirmou.

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Em fevereiro, o ministro Levy disse que a “brincadeira da desoneração se mostrou extremamente cara para o País”.

Ainda assim, Skaf não poupou críticas às políticas da era Mantega. “As desonerações foram consequência da falta de uma política de desenvolvimento”, disse.

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