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A delação premiada do empresário Henrique Constantino, um dos donos da Gol, tem como foco na apuração de crimes de integrantes do PMDB envolvendo liberação de recursos da Caixa Econômica. Segundo fontes com acesso à investigação, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aparece nos relatos de forma secundária, sem detalhes relevantes sobre cometimento de crime.
Com a delação ainda em sigilo, as informações preliminares dão conta de que o empresário teria relatado um acordo entre empresas do setor aéreo para que dividissem o pagamento de vantagens indevidas a parlamentares (entre eles Maia) que pudessem influenciar na aprovação de medidas favoráveis ao setor aéreo na Câmara dos Deputados.
Constantino já havia procurado o Ministério Público Federal, em anos anteriores, com informações semelhantes na tentativa de fechar esse acordo, mas não teve sucesso. O fato de a homologação ter sido feita na primeira instância da Justiça Federal de Brasília também é um indício de que o conteúdo da delação relacionado a autoridades com foro não seria robusto.
O esperado num caso de citação de parlamentar, de acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal, era que todo o acordo fosse enviado ao STF por meio da Procuradoria-Geral da República, para análise e homologação.
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