Operação da Polícia Federal no Rio mira fraudadores da Previdência Social

Na ação, os policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva, 12 mandados de busca e apreensão e três medidas cautelares, entre as quais dois afastamentos de função pública

Equipe InfoMoney

Agente da Polícia Federal em ação (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Agente da Polícia Federal em ação (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11), a Operação Estelião II, com o objetivo de desarticular uma associação criminosa voltada para a prática de fraudes em benefícios previdenciários em diversos municípios do estado do Rio de Janeiro.

Na ação, os policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva, 12 mandados de busca e apreensão e três medidas cautelares, entre as quais dois afastamentos de função pública.

Os mandados são cumpridos nos municípios de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Armação dos Búzios, Belford Roxo, Duque de Caxias e Rio de Janeiro.

A ação é a segunda etapa da operação, deflagrada em 19 de dezembro de 2023, quando foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão preventiva – ocasião em que foram apreendidos 27 cartões bancários em nome de terceiros, 70 documentos de identificação falsos, um manuscrito contendo os dados de 21 benefícios previdenciários, indicando nome, CPF, benefício, contas bancárias e respectivas senhas, além de diversos outros documentos e materiais.

Ainda na operação, foi apreendida uma carteira da OAB/RJ em nome de uma advogada do Rio de Janeiro, obtida ilegalmente pelos investigados por meio de uso de documentos falsos, utilizados para se passar pela advogada e conseguir a carteira.

Após análise de todo material apreendido, foi possível identificar e confirmar a existência de 27 benefícios fraudulentos, obtidos em sua maioria em 2010, os quais vinham sendo pagos e recebidos pelos investigados desde então, segundo a PF.

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Os levantamentos identificaram ainda o envolvimento de gerentes bancários, servidores do INSS, despachantes, pessoas que se passavam pelos beneficiários fictícios e fraudadores que prestavam auxílio mútuo na concretização e manutenção das fraudes.

Além das ordens judiciais de prisão e busca, também foram deferidos pela Justiça o bloqueio de bens de investigados e o sequestro de 11 imóveis.

A investigação contou com apoio do Núcleo Regional de Inteligência da Previdência Social no Estado do Rio de Janeiro, além da colaboração da Unidade de Inteligência da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários da PF/RJ.

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Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, estelionato previdenciário, falsidade de documento público e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem ultrapassar 26 anos de prisão, sem prejuízo de outros crimes que possam surgir no decorrer das investigações.

(Com Agência Brasil)