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Oito policiais militares investigados por suspeita de envolvimento na execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Ggritzbach, na última sexta-feira (8), em pleno Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), foram afastados preventivamente de suas funções.
A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira (12) pela força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), que apura o crime.
Antônio foi morto a tiros, na entrada do Terminal 2, um dos setores mais movimentados do aeroporto, na tarde da última sexta-feira. Imagens registradas pelas câmeras de segurança mostraram dois criminosos encapuzados e armados com fuzis descendo de um carro e disparando dezenas de vezes na direção do empresário, que morreu na hora.
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Antônio era delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do país, e já havia sido “jurado de morte” pelo grupo.
Segundo a SSP-SP, os PMs afastados já vinham sendo investigados pela corregedoria da corporação antes mesmo do crime. Testemunhas haviam os denunciado por atuarem na segurança particular do empresário – o trabalho “extra” sem autorização é vedado pela PM.
“Um inquérito policial militar instaurado pela corregedoria da PM há mais de um mês apura o envolvimento dos policiais na escolta do homem envolvido com uma facção criminosa que foi assassinado na área de desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos”, diz a nota da SSP-SP.
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Os PMs afastados pela força-tarefa integram o 18º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM-M), na zona norte da capital paulista, e o 23º BPM-M, na zona oeste.
Antônio e o agente penitenciário David Moreira da Silva foram acusados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) pelos assassinatos de Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”. Ambos foram mortos a tiros em 2021, na zona leste da capital paulista.
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De acordo com o MPSP, Cara Preta era um dos integrantes mais influentes do PCC e estaria envolvido com o tráfico internacional de drogas e outros crimes. Sem Sangue seria o seu “braço direito”.
Antônio e David chegaram a ser presos e foram denunciados à Justiça pelo crime, mas passaram a responder ao processo em liberdade.
O empresário deixou a penitenciária de Presidente Venceslau (SP), em junho do ano passado, com tornozeleira eletrônica. Os advogados de Antônio alegavam que seu cliente corria o risco de ser morto pelo PCC dentro da cadeia.