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Eleitores de 5.568 municípios foram às urnas neste feriado de 15 de novembro, e o principal personagem do pleito foi a “abstenção”. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 23,14% dos brasileiros aptos a votar não compareceram às urnas para escolher os prefeitos e vereadores de suas cidades.
Nesse imenso universo de disputas locais, alguns nomes se destacam por refletir movimentos da cena política nacional ou ter potencial de alçar voos mais altos nas próximas disputas eleitorais.
É simbólico que prefeitos que enfrentaram a pandemia respeitando sua gravidade, contrapondo-se ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), estejam sendo premiados pelo eleitor, a exemplo de Bruno Covas (PSDB), em São Paulo, e Alexandre Kalil (PSD), em Belo Horizonte.
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Este último é o candidato que mais faz jus ao hit das eleições deste ano: “O homem disparou”, do cantor piauiense César Araújo, utilizado na campanha de pelo menos 200 candidatos país afora. O atual prefeito da capital mineira se reelegeu em primeiro turno, disparado dos concorrentes, credenciando-se como um dos principais nomes do PSD para os próximos pleitos.
Em outro espectro ideológico, Guilherme Boulos (Psol) e Manuela D’Ávila (PCdoB) despontam como os principais expoentes da esquerda em seus redutos, São Paulo e Porto Alegre, deixando ao PT o papel de coadjuvante.
Também vale acompanhar nomes como o de Capitão Wagner (PROS), em Fortaleza, que tenta derrubar a hegemonia de candidatos apoiados pelos Ferreira Gomes, mas se esquiva do apoio de Bolsonaro, que sofre com forte rejeição no Ceará.
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ACM Neto (DEM) – Salvador (BA)
O atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), pode ser classificado como um dos melhores – se não o melhor – cabo-eleitoral das campanhas municipais. Seu vice-prefeito, Bruno Reis, do mesmo partido, foi eleito em primeiro turno neste domingo com 64,20% dos votos.
Reis se beneficiou da alta popularidade do prefeito, herdeiro do ex-ministro e ex-senador Antônio Carlos Magalhães, um dos políticos mais influentes da história da República. Neto, como prefere ser chamado, aproxima-se do fim do segundo mandato na capital baiana com 73% de avaliação boa ou ótima de sua administração, segundo pesquisa realizada pelo Ibope no início de novembro.
O democrata também está no grupo de prefeitos premiados pela postura de proteção à população durante a pandemia, apesar de ter alta avalição positiva antes da crise sanitária.
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Pragmático, ACM Neto mostrou-se habilidoso politicamente ao conseguir estabelecer uma relação de parceria com o governador petista Rui Costa durante o combate à pandemia (Costa também conta com ampla avaliação positiva no estado).
Há que lembrar que as duas legendas são arquirrivais históricas. Neto apoiou o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, e Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018.
Desde março, porém, o prefeito adotou o discurso de isolamento social, contrário ao do presidente, e alinhado a Costa. Ele e o oponente inauguraram unidades de saúde passaram a transmitir juntos os boletins de combate à pandemia.
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A união de forças para atravessar a crise é passageira. Neto é nome do DEM, partido que preside, para concorrer ao governo da Bahia em 2022. Quando deixar a prefeitura, em janeiro, deve passar uma temporada de estudos de estratégia política nos Estados Unidos e, em seguida, começará a se dedicar à próxima campanha.
Alexandre Kalil (PSD) – Belo Horizonte (MG)
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), talvez tenha sido o candidato à prefeitura de uma capital que melhor representou o hit das eleições deste ano “O homem disparou”. A música do piauiense César Araújo foi utilizada na campanha de pelo menos 200 candidatos país afora nessas eleições municipais.
Eleito à prefeitura de BH na primeira campanha política de que participou, Kalil fez de sua primeira gestão na capital mineira seu passaporte para a reeleição deste domingo com uma vantagem avassaladora: 63,36%% dos votos válidos. O segundo colocado, Bruno Engler (PRTB), ficou com 9,95%.
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Kalil não ganhou musculatura apenas para se reeleger em primeiro-turno com a vitória mais folgada em uma capital, mas para dar passos maiores. Dentro do PSD, o nome do ex-presidente do Clube Atlético Mineiro já é visto como candidato natural para concorrer ao governo de Minas Gerais e há quem o cogite em uma chapa para concorrer à presidência da República (como vice ou mesmo cabeça).
Exageros à parte, nada mal para quem foi eleito em 2016 com poucos segundos de tempo de televisão, por um partido nanico (PHS, que foi incorporado ao Podemos) e com o slogan “Chega de políticos”.
A administração de Kalil termina com aprovação em alta. É avaliada como “boa ou ótima” por 65% da população de BH, segundo pesquisa realizada pelo Ibope em novembro.
Boa parte da aprovação deve-se à postura de cautela da prefeitura diante da pandemia do novo coronavírus. BH foi a primeira capital a decretar quarentena no país e figura como a cidade com menor índice de mortes por Covid-19 entre municípios com mais de 2 milhões de habitantes.
O prefeito adotou medidas duras de distanciamento social logo no início da propagação do vírus no país, ao contrário do governador mineiro Romeu Zema (Novo). Costuma dizer que seguiu os conselhos do filho, que é médico, e deu autonomia ao secretário de Saúde do município para definir o fechamento e a abertura do comércio.
Nos períodos de maior radicalização da pandemia, em que bolsonaristas faziam manifestações em frente à sua casa pela reabertura da economia, saiu-se com frases debochadas como “Quem tem medo de buzina é cachorro distraído atravessando a rua”.
Bruno Covas (PSDB) – São Paulo (SP)
Em outubro do ano passado, quando o atual prefeito de São Paulo, Bruno Covas, foi diagnosticado com câncer no estômago, muitos médicos duvidavam que o tucano seria capaz de concorrer à eleição deste ano.
O prognóstico era desanimador: caso sobrevivesse à doença, que apresentava metástase no fígado e no sistema linfático, não teria condições de trabalhar no ritmo necessário para administrar uma cidade como São Paulo, o que apagaria sua imagem.
Mais difícil ainda seria encarar uma campanha eleitoral, que costuma ser extenuante. Na ocasião, Covas estava à frente da cidade havia um ano e meio, desde que João Doria deixara a prefeitura para concorrer ao governo do estado.
Covas não venceu a doença, mas conseguiu controlá-la com sessões de quimioterapia e tratamento imunoterápico, que ainda não tem data para terminar.
Apesar disso, não só continuou dando expediente na capital paulista durante o tratamento, como se mudou para a sede da prefeitura, onde morou por 70 dias. Quando tomou a decisão, em março, afirmou que era preciso acompanhar a evolução da pandemia 24 horas por dia, porque São Paulo seria atingida com gravidade (ele próprio testou positivo para o novo coronavírus em junho, mas não teve sintomas).
A imagem de força e superação diante de uma doença grave e a postura adotada no combate à pandemia contaram pontos importantes para o neto de Mário Covas, ex-governador de São Paulo e fundador do PSDB, morto há 19 anos.
O prefeito adotou as medidas de distanciamento social, ao lado do governador paulista, o também tucano João Doria, e em contraposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sua administração é avaliada como “ótima ou boa” por 33% da população, segundo pesquisa Ibope mais recente. A marca é superior à de Bolsonaro (23%) e de Doria (15%).
Ao conseguir 32,85% dos votos válidos nesse domingo, disputará o segundo turno com Guilherme Boulos. Independentemente do resultado, é um dos principais nomes da ainda tímida renovação política do PSDB.
Capitão Wagner (PROS) – Fortaleza (CE)
Ao passar para o segundo turno na disputa pela prefeitura de Fortaleza, o deputado federal Wagner Sousa Gomes, o Capitão Wagner (Pros), deu mais um passo rumo à tentativa de derrubar a sequência de vitórias de candidatos apoiados pela família Ferreira Gomes ou pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Ceará. Apesar do mesmo sobrenome, Capitão Wagner é adversário figadal dos Ferreira Gomes, especialmente dos irmãos Ciro e Cid Gomes, ex-ministros e ex-governadores do estado.
O candidato vem tentando se desvencilhar da greve de policiais militares ocorrida em fevereiro deste ano no Ceará. O motim durou 13 dias e culminou com o episódio em que o senador Cid Gomes levou dois tiros, enquanto tentava, a bordo de um trator, invadir um quartel de Sobral onde os amotinados se concentravam. Durante o movimento grevista, houve aumento de 138% dos homicídios no estado.
Os irmãos Gomes sempre sustentaram que as greves de policiais tinham objetivos político-eleitorais e tentaram atrelar o deputado ao movimento. O ex-PM rebate, dizendo, que não apoiou os amotinados.
Capitão Wagner iniciou sua escalada política dentro dos quarteis da PM cearense. Filiou-se ao PR em 2009 e, no ano seguinte, candidatou-se a deputado estadual, tornando suplente de Fernanda Pessoa, membro de uma das famílias influentes da política cearense e também inimiga dos irmãos Gomes.
Em 2011, liderou a greve da PM e dos Bombeiros do estado. Em 2012, elegeu-se como o vereador mais votado de Fortaleza. Dois anos depois, ganhou como deputado estadual e, na eleição seguinte, como deputado federal. No meio das duas corridas eleitorais, em 2016, candidatou-se à prefeitura da capital e perdeu no segundo turno para Roberto Cláudio (PDT), candidato dos Gomes.
O candidato à prefeitura da capital cearense também tenta se esquivar da imagem de extrema direita e, principalmente, do presidente Bolsonaro, que lhe acenou com apoio em uma live recente. Capitão Wagner agradeceu o presidente, mas afirmou que se mantém independente do Palácio do Planalto. Sua campanha tenta mostrar que segurança pública não é sua única pauta. Em um jingle em ritmo de funk, ele diz que é “um Sousa da quebrada”, fala em uma “Fortaleza mais justa”, em “olhar para todos” e mostra jovens da periferia dançando passinho, enquanto caminha em um beco estreito.
Eduardo Paes (DEM) – Rio de Janeiro (RJ)
A votação do ex-prefeito carioca Eduardo Paes (DEM) o coloca na posição de uma verdadeiro sobrevivente político. Paes compunha, ao lado do ex-governador Sérgio Cabral e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a trinca que protagonizou os anos de ouro, em que o país foi eleito para sediar a Copa do Mundo, e o Rio, as Olimpíadas. Na época, o Cristo Redentor era retratado como foguete ascendente em capas de revistas, como a Economist.
Pois bem, Lula foi preso, Cabral continua na cadeia e Eduardo Paes perdeu a eleição de 2018 ao governo estadual para um desconhecido (Wilson Witzel, afastado por um processo de impeachment). Apesar de ter entrado na mira da Lava Jato, nada foi provado contra ele até o momento.
Agora, Paes ressurge das cinzas, com chances reais de se tornar prefeito novamente, da cidade que administrou entre 2009 e 2017. Trata-se de um tremendo passo atrás, considerando que, ao fim de sua administração, em 2016, ele era considerando um nome forte a concorrer à presidência da República em 2018. Na época, ele tinha conteúdo para a disputa. Paes protagonizou a maior transformação da capital fluminense em décadas, durante os preparativos para os Jogos Olímpicos.
O então prefeito inaugurou dezenas de obras pela cidade (museus, parques, corredores de ônibus, túneis, além da reformulação da zona portuária), sempre em parceria com o governo Cabral ou de Luiz Fernando Pezão, no estado e no federal com Lula e Dilma Rousseff.
As boas avaliações alcançadas durante as administrações cariocas foram ofuscadas pelas acusações de corrupção com empreiteiras que participaram das obras olímpicas (não provadas, pelo menos, por enquanto) e suas ligações com Cabral e Lula, ambos condenados por corrupção na Lava Jato. A atual corrida eleitoral pode ser o recomeço.
Guilherme Boulos (PSOL) – São Paulo (SP)
O desempenho de Guilherme Boulos (PSOL) na campanha deste ano não é nada menos que notável, considerando que, em 2018, o candidato registrou apenas 677 mil votos na disputa presidencial, ficando em décimo lugar no pleito, o pior resultado da história da legenda.
Pois nesta corrida municipal, Boulos conseguiu angariar boa parte dos votos destinados à esquerda e deixou o PT comendo poeira. Registrou 20,24% dos votos válidos, o dobro alcançado pelo petista, Jilmar Tatto – resultado inédito na história do PT.
A virada começou a ocorrer logo após a campanha que elegeu Jair Bolsonaro. A estratégia adotada pelo psolista foi crescer nas redes sociais. De que forma? Respondendo a praticamente toda manifestação do presidente. A ideia deu certo.
De 2018 para cá, Boulos quase quintuplicou o número de seguidores no Twitter, para mais de 1,1 milhão. No Instagram, passa 1,3 milhão, e é, de longe, o mais seguido entre os concorrentes à prefeitura da capital paulista – Bruno Covas (195 mil), Celso Russomano (814 mil), Márcio França (60 mil), Arthur do Val (716 mil).
Boulos se tornou Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-teto (MTST), participando de ocupação de imóveis e terrenos vazios na Grande São Paulo. Formado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), é de família de classe média alta.
Filho de um casal de médicos – seu pai é professor de infectologia da Universidade de São Paulo –, deixou endereços valorizados na Zona Oeste de São Paulo, onde cresceu, para viver na periferia da cidade (mora há sete anos em Campo Limpo). O único bem que declara possuir é um carro Celta, a bordo do qual costuma postas vídeos durante as andanças pela cidade.
A trajetória e a linguagem de Boulos conquistaram apoio especialmente de eleitores jovens e de classe média. Sua maior dificuldade é se tornar conhecido e angariar votos na periferia, apesar de ser o único competidor do pelotão de frente das pesquisas que vive em uma área periférica.
Além da ajuda das redes sociais, há quem atribua a Boulos a ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem o psolista parece, de fato, imitar em alguns momentos, especialmente na fala.
Quem acompanhou a histórica tarde de 7 de abril de 2018, quando Lula discursava no palco montado em São Bernardo do Campo antes de se entregar à Polícia Federal para cumprir pena em Curitiba, lembrará que o petista apontou Boulos como uma das principais lideranças da esquerda brasileira.
João Campos (PSB) – Recife (PE)
Prestes a completar 27 anos, o deputado federal João Campos (PSB) é o candidato mais jovem à prefeitura de uma capital nas eleições deste ano. Filho de Eduardo Campos – ex-governador de Pernambuco, morto em 2014 em um acidente aéreo durante a campanha presidencial –, João teve 29,17% dos votos válidos, neste domingo. Com a votação, passou para o segundo turno, quando enfrentará a prima Marília Arraes, do PT.
Os oponentes que disputarão a administração da capital pernambucana são descendentes do ex-governador Miguel Arraes, um dos ícones da esquerda brasileira. João é bisneto de Arraes. Marília é neta, assim como era Eduardo Campos. Ele é engenheiro e ela advogada e ambos têm origem no PSB. Marília deixou a legenda em 2016, depois de dois mandatos como vereadora da capital pernambucana. Há quem atribua sua saída à falta de apoio do primo mais velho Eduardo à sua candidatura à Câmara dos Deputados. Ela afirma que deixou o PSB rumo ao PT, porque a legenda virou à direita (apoiando Aécio Neves na disputa à presidência em 2014 e ao votar pelo impeachment de Dilma Rousseff).
O herdeiro político de Eduardo Campos tem em seu pai o principal cabo-eleitoral. O peso da herança deu frutos em 2018, quando o jovem engenheiro participou de sua primeira campanha política e se tornou o quinto deputado federal mais votado da Câmara, com a maior votação do Nordeste para o cargo.
Neste ano, João enfrenta mais desafios para chegar ao Executivo, a começar pouca idade, que vem sendo questionada pelos concorrentes e por parte da população. O principal obstáculo, no entanto, tem sido o desgaste natural de seu partido, o PSB, que completará oito anos à frente da prefeitura do Recife e 16 anos no governo do estado.
O atual prefeito, Geraldo Júlio, que foi um dos auxiliares mais próximos de Eduardo Campos no governo estadual, não conta com boa avaliação nesse fim de mandato na prefeitura. Registrou 25% de ótimo ou bom e 55% de desaprovação em pesquisa recente. Já o governador Paulo Câmara conta com apenas 22% de avaliação ótima ou boa.
Manuela D’Ávila (PCdoB) – Porto Alegre (RS)
A ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) ganhou exposição nacional na campanha presidencial de 2018, como vice do petista Fernando Haddad.
Dessa vez, é seu partido que encabeça a chapa na disputa pela capital gaúcha, tendo como vice o petista Miguel Rossetto, ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff. Se vencer, fará história ao levar o PCdoB ao comando de Porto Alegre e o PT de volta à prefeitura que administrou de 1989 a 2004 ininterruptamente.
Filha de mãe desembargadora e pai engenheiro e professor universitário, Manuela ingressou no movimento estudantil ainda na adolescência e foi eleita vereadora em 2005, aos 23 anos. Depois, foi deputada federal por dois mandatos e deputada estadual.
Este ano, Manuela tenta chegar à prefeitura de Porto Alegre pela terceira vez. Na última eleição municipal, em 2016, desistiu da disputa, alegando que precisava se dedicar à filha com poucos meses de vida.
A candidata foi um dos alvos mais atingidos por fake news durante a campanha presidencial de 2018. Em uma das inúmeras notícias falsas que a envolveram, a ex-deputada aparecia com uma camiseta com a frase “Jesus é travesti”, uma montagem que circulou em milhões de contas pelas redes sociais.
O fenômeno das fake news tornou-se tema de um dos três livros lançados pela candidata de 2019 para cá – um segundo trata de sua experiência com a maternidade e um terceiro sobre feminismo. Formada em jornalismo, ela também estudou ciência política, mas não concluiu o curso.