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Na decisão em que autorizou a prisão pela Polícia Federal do general Braga Netto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, considerou que as investigações da operação Contragolpe e depoimentos do colaborador Mauro Cid “revelaram a gravíssima participação” do militar da reserva nos fatos investigados.
“Em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de demostrar relevantes indícios de que o representado atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações”, diz a decisão.
A prisão foi feita a pedido da Polícia Federal após parecer favorável da Procuradoria Geral da República. O ministro também autorizou busca e apreensão em relação a ele e ao coronel Flávio Botelho Peregrino, assessor do general. Ambos são suspeitos de envolvimento em tentativa de golpe de Estado e de obstrução de Justiça por tentar atrapalhar as investigações sobre o episódio.
Segundo uma nota do STF, em relação aos dois investigados, o ministro determinou ainda a proibição de contato com outros investigados e ordenou a retirada do sigilo da decisão, da representação da Polícia Federal e do parecer da Procuradoria Geral da República.
A decisão de prender Braga Netto saiu na quarta-feira (10), mas como ele estava em Alagoas com a família, a PF optou pelo cumprimento da ordem logo após seu retorno para a sua residência, no Rio de Janeiro.
A íntegra da decisão pode ser acessada aqui.