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Na primeira parte do ato promovido pelo Palácio do Planalto nesta quarta-feira (8), para marcar os 2 anos dos ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, fez um discurso no qual disse que a democracia brasileira deve sempre ser respeitada e preservada.
Segundo a esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “o país não aceita mais o autoritarismo”.
O discurso de Janja foi proferido na Sala de Audiências do Palácio do Planalto, durante a cerimônia de reintegração de obras de arte que foram depredadas nos ataques aos Poderes. Elas foram entregues na sede do governo depois de serem restauradas.
O acervo reapresentado inclui um relógio do século XVII de Balthazar Martinot e André Boulle, presente da Corte francesa a dom João VI, em 1808. A peça foi restaurada na Suíça.
“O país não aceita mais o autoritarismo. O que aconteceu nesta Praça dos Três Poderes precisa estar na memória do país como um alerta de que a democracia deve ser defendida diariamente, não importa o esforço”, disse Janja.
“Estamos aqui para celebrar e reforçar a democracia e para entregar ao povo brasileiro seu patrimônio inteiramente restaurado”, prosseguiu a primeira-dama. “Memória é um antídoto contra as tentações autoritárias. Por isso, preservar o nosso patrimônio histórico é tão importante.”
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Ausências
Além de Janja e Lula, participam da cerimônia diversas autoridades, entre as quais o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).
Embora tenham sido convidados, os chefes dos demais Poderes não puderam participar do ato. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), está em uma viagem ao exterior. Arthur Lira (PP-AL), da Câmara dos Deputados, e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), também estão ausentes.
Ministros do STF como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Luiz Edson Fachin participam da cerimônia.
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O ato
Ainda nesta quarta-feira, Lula fez o descerramento do painel “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, que integra o acervo recuperado. No fim da manhã, haverá um ato simbólico na Praça dos Três Poderes.
Em 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF, indignados com a vitória de Lula nas eleições presidenciais de 2022.