Nunes cancela presença em debate por “reunião extraordinária” com Tarcísio

Esta é a segunda vez que prefeito deixa de comparecer a debate no segundo turno; Guilherme Boulos será sabatinado pelas emissoras

Marcos Mortari

Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição (Foto: Divulgação)
Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo e candidato à reeleição (Foto: Divulgação)

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O prefeito de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, cancelou sua participação no debate que seria promovido por UOL, Folha de S.Paulo e RedeTV! nesta quinta-feira (17), às 10h20.

Com isso, seu adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) será sabatinado pelas emissoras no mesmo horário — o que já havia ocorrido na semana passada com debate promovido por CBN, O Globo e Valor Econômico.

Segundo a campanha de Nunes, o cancelamento da presença no debate se deveu a um conflito de agenda — ele alega ter uma reunião extraordinária com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiador de sua campanha, no mesmo horário.

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“Desde a tempestade de sexta-feira passada, foram desmarcados diversos compromissos da campanha à reeleição, dando prioridade às urgências da Prefeitura”, argumentou a campanha de Nunes em nota divulgada à imprensa às 0h33.

“A campanha de Ricardo Nunes lamenta a ausência no evento de hoje e solicita a compreensão dos organizadores, do candidato adversário e do público”, prosseguiu. ‎

O apagão provocado pelas chuvas da última sexta-feira (11) tem sido assunto central da corrida para a prefeitura de São Paulo a 10 dias do segundo turno.

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Em debate promovido pela TV Bandeirantes, na última segunda-feira (14), Nunes foi duramente cobrado por Boulos pela postura adotada durante a crise. O parlamentar destacou a falta de podas de árvores comprometidas na cidade e a demora em restabelecer o serviço de energia elétrica, sob concessão da Enel.

Já Nunes se defendeu apontando para um incremento no número de podas de árvores durante sua administração e falou que seu adversário foi omisso na apresentação de propostas para modificar a legislação vigente, que coloca a concessão sob responsabilidade do governo federal. O prefeito também criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela falta de medidas efetivas contra a Enel, que poderia ter sua concessão anulada.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.