Número de mortos por chuvas no litoral norte de SP no Carnaval atinge 65

Mais de uma semana depois da tragédia, ainda existem interdições parciais em diversos pontos da rodovia Rio-Santos

Reuters

Trecho bloqueado da Rio Santos (BR-101) no litoral norte de São Paulo, após as fortes chuvas que atingiram o estado no Carnaval (Foto: DER-SP)
Trecho bloqueado da Rio Santos (BR-101) no litoral norte de São Paulo, após as fortes chuvas que atingiram o estado no Carnaval (Foto: DER-SP)

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Subiu para 65 o número de mortos pelas chuvas recordes que atingiram o litoral norte de São Paulo no fim de semana do Carnaval, informou o governo do Estado em boletim divulgado no início da noite de domingo.

De acordo com o governo paulista, 64 mortes aconteceram em São Sebastião, cidade mais duramente atingida pelas chuvas mais volumosas já registradas em um período de 24 horas no Brasil, desde o início deste tipo de medição — foram mais de 630 milímetros de chuva que causaram deslizamentos de terra, quedas de barreira, bloqueios em estradas e um rastro de destruição na região.

Milhares de pessoas estão desabrigadas por causa do temporal. A outra morte foi registrada na cidade de Ubatuba.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a despachar do Palácio dos Bandeirantes, na capital, depois de transferir seu gabinete temporariamente para São Sebastião. Freitas criou uma gerência estadual na cidade para seguir acompanhando os trabalhos de busca.

Mais de uma semana depois da tragédia, ainda existem interdições parciais em diversos pontos da rodovia Rio-Santos, enquanto a Mogi-Bertioga tinha um bloqueio total na altura de Biritiba Mirim causado pelo rompimento de uma tubulação.

“As obras emergenciais foram iniciadas na terça-feira (21), com previsão de investimento de 9,4 milhões de reais, liberação do trânsito em dois meses e conclusão em até seis. Será necessário revitalizar o muro de arrimo existente e construir um novo, além de criar uma nova galeria”, disse o governo de São Paulo em nota.

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Autoridades estaduais e do governo federal têm prometido apoio na reconstrução das áreas atingidas e a construção de moradias para os desabrigados, além da remoção de pessoas que vivem em áreas de risco para residências construídas em regiões seguras.

O governo paulista também prometeu melhorar o alerta de desastres, incluindo a instalação de um sistema de sirenes no litoral norte do Estado.