Nova política externa do Brasil será ao estilo de Trump

Integrante do alto escalão do governo de transição de Bolsonaro esboçou intenções de cortar a dependência da China e aumentar o papel do Brasil no Oriente Médio

Bloomberg

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(Bloomberg) — O novo governo do Brasil quer uma política externa assertiva ao estilo Trump. Não é possível saber exatamente como será.

Em entrevista à Bloomberg News, um integrante do alto escalão do governo de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro esboçou intenções de cortar a dependência do Brasil da China, aumentar o papel do Brasil no Oriente Médio e pressionar o governo cada vez mais autoritário em Caracas.

Em comentários que ecoaram falas de Donald Trump, a fonte criticou as vantagens comerciais injustas da China e prometeu uma linha mais dura sobre a Venezuela.

Mas existem alguns obstáculos para essas ambições. A China é o principal parceiro comercial do Brasil. A crise da Venezuela não oferece respostas fáceis. E o aprofundamento dos laços com Israel, com a possível transferência da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, como Bolsonaro propôs, corre o risco de comprometer o relacionamento do Brasil com os países árabes e o enorme superávit comercial que o acompanha.

Faltando pouco mais de um mês para a posse, o futuro governo ainda não definiu detalhadamente como pretende implementar suas propostas de política externa. Mas o assessor disse que o próximo governo buscará mais oportunidades para acordos comerciais, especialmente em bases bilaterais e não multilaterais.]

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Sob Bolsonaro, que venceu as eleições com uma plataforma de extrema-direita, o Itamaraty também defenderá valores cristãos, segundo a fonte. Aqui estão alguns dos pensamentos que aparecem nos corredores do governo de transição: