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A população de Porto Alegre (RS) voltou a ficar amedrontada, e a cidade está sob alerta por causa de um novo aumento do nível das águas do lago Guaíba. De acordo com medição realizada às 7h15 desta terça-feira (14), o patamar alcançado era de 5,20 metros, que já se aproxima do recorde histórico (5,33 metros, registrado na semana passada).
Segundo estimativas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o nível do Guaíba pode chegar aos 5,5 metros até o fim do dia – quase o dobro da chamada “cota de inundação”, de 3 metros, o que dá a medida da situação desesperadora enfrentada pela capital gaúcha.
Antes das enchentes históricas de abril e maio de 2024, a maior tragédia desse tipo em Porto Alegre havia ocorrido em 1941. Na época, o índice máximo alcançado pelas águas do Guaíba foi de 4,76 metros.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), fez um novo apelo aos moradores de regiões atingidas pelas enchentes. “Que ninguém volte para casa. Tomara que não chegue a 5,5 metros, mas eu tenho de acreditar na ciência, nos hidrólogos. Não dá para voltar, e pode até estender um pouquinho essa lâmina [de água], atingindo 6 mil pessoas a mais”, afirmou Melo, em entrevista coletiva.
A temperatura vem caindo nas últimas horas, e os termômetros chegaram a marcar 11ºC entre a madrugada e a manhã desta terça. Pelo menos neste momento, a chuva deu uma trégua na cidade.
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De acordo com dados divulgados pelas autoridades locais, mais de 14 mil pessoas tiveram de deixar suas casas e estão em abrigos em Porto Alegre.
Situação “vai continuar se agravando”, diz governador
Em vídeo publicado nas redes sociais, no domingo (12), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), alertou a população sobre a situação ainda dramática enfrentada pelo estado.
“Infelizmente, essa chuva que acontece desde ontem perdura hoje e vai seguir na segunda-feira. Eleva os níveis dos rios Caí, Taquari e dos Sinos para além da cota de inundação em muitas cidades”, afirmou Leite.
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Segundo o governador gaúcho, a tendência é a de que a capital Porto Alegre volte a passar por momentos muito difíceis. “[A água] Vai vir também pelo rio Jacuí até Porto Alegre e vai fazer com o que o Guaíba suba possivelmente acima dos níveis que vimos em momentos anteriores. Insisto: não é hora de voltar para casa”, concluiu.