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A “enchente jamais vista” no Rio Grande do Sul, projetada pelo governador Eduardo Leite (PSDB), infelizmente está se tornando realidade. Na manhã desta sexta-feira (3), o nível do rio Guaíba, na capital Porto Alegre (RS), superou a marca de 4,5 metros – e continua em elevação.
Com isso, o Guaíba já se aproxima da marca histórica registrada na enchente de 1941 (4,75 metros). O rio vem subindo, em média, 8 centímetros por hora. A expectativa é a de que o nível de água alcance os 5 metros até o fim desta tarde, sacramentando o recorde histórico.
Até a manhã desta sexta, de acordo com o boletim mais recente divulgado pelas autoridades gaúchas, 32 pessoas morreram no estado, 74 estão desaparecidas e outras 56 ficaram feridas. Segundo a Defesa Civil, 24,2 mil pessoas estão fora de suas casas: 7.165 pessoas em abrigos e 17.087 desalojados (na casa de familiares ou amigos).
Até o momento, 235 dos 496 municípios do Rio Grande do Sul foram atingidos, de alguma forma, por impactos causados pelas chuvas, afetando 351,6 mil pessoas.
Rodoviária alagada e jogos de futebol cancelados
O transbordamento das águas do Guaíba já provoca alagamento em dezenas de vias, incluindo trechos da orla, na zona sul, e as avenidas Mauá e Conceição, no acesso à capital. A estação rodoviária de Porto Alegre está completamente alagada, e 95% das viagens foram canceladas.
O Internacional, um dos maiores clubes de futebol do estado e do país, fechou o Centro de Treinamento (CT) Parque Gigante, localizado às margens do Guaíba, por medidas de segurança.
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou o cancelamento de todas as partidas envolvendo times gaúchos no Campeonato Brasileiro, como mandantes ou visitantes, pelo menos até segunda-feira (6).
O Grêmio enfrentaria o Criciúma no próximo domingo (5), às 16h, em Porto Alegre. O Juventude jogaria contra o Atlético-GO, na segunda-feira (6), às 20h, em Caxias do Sul. O Internacional enfrentaria o Cruzeiro, no sábado (4), às 21h, em Belo Horizonte (MG).
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