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Em meio aos efeitos da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, os moradores da capital Porto Alegre (RS) começam a alimentar, cada vez mais, a esperança de dias melhores. Na terça-feira (21), o nível das águas do lago Guaíba recuou para 3,99 metros, em medição realizada às 23h30 pela Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA), no Cais Mauá.
É a primeira vez em quase 20 dias, desde 3 de maio, que o patamar do lago fica abaixo da marca de 4 metros. Na manhã desta quarta-feira (22), a medição apontou 3,92 metros.
A queda constante do nível do Guaíba nos últimos dias faz com que as águas já se aproximem da chamada “cota de inundação”, que é de 3 metros.
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Segundo técnicos do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a tendência é a de que o nível do Guaíba continue baixando gradativamente, até recuar para o patamar dos 3 metros em meados de junho.
O pico histórico das águas do Guaíba foi registrado no início do mês, quando o lago bateu 5,33 metros. Antes das enchentes históricas de abril e maio de 2024, a maior tragédia deste tipo em Porto Alegre havia ocorrido em 1941. Na época, o índice máximo alcançado pelas águas do Guaíba foi de 4,76 metros.
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161 mortos e 82 desaparecidos
De acordo com o boletim mais recente da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o desastre climático já matou 161 pessoas em todo o estado. Até aqui, são 806 feridos e 82 desaparecidos. Mais de 653 mil pessoas tiveram de deixar suas casas por causa das inundações.