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O pré-candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo (SP), Guilherme Boulos, divulgou um vídeo nas redes sociais em que comenta as ameaças de morte recebidas nos últimos meses, que levaram à abertura de um inquérito na Polícia Federal (PF) e à adoção de uma série de medidas de segurança.
O deputado federal terá de “aposentar” o seu veículo próprio, um Celta modelo 2010, e passará a se locomover em um carro blindado.
O “Celtinha prata” tornou-se marca registrada de Boulos, que costuma chegar aos eventos e compromissos públicos dirigindo o automóvel. O veículo foi explorado com grande destaque pela equipe de marketing da campanha nas eleições de 2020 e 2022.
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No vídeo publicado em seus perfis nas redes sociais, Boulos associa as ameaças que tem recebido aos simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A gente sempre denunciou esse papel de violência, de ódio, de cultura de intimação que o bolsonarismo representa no país e na política brasileira. Nós sempre tivemos muita firmeza para denunciar e enfrentar o bolsonarismo e defender as nossas posições políticas”, afirma o parlamentar.
“Isso não é de hoje e já me rendeu várias ameaças nas redes sociais, por WhatsApp e por aí vai. O problema é que isso se intensificou. Essas ameaças se intensificaram muito nos últimos meses, conforme vão se aproximando as eleições em São Paulo”, prossegue Boulos na gravação.
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“Abri uma denúncia na PF, para o diretor-geral da PF [Andrei Passos Rodrigues], que abriu, por sua vez, um inquérito policial para identificar os autores dessas ameaças e puni-los.”
No vídeo, o pré-candidato do PSOL à sucessão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) confirma que passará a usar um carro blindado para “resguardar a integridade física” dele e da família.
“Isso não vai nos fazer dar um passo atrás. Não vamos nos intimidar por causa de ameaça bolsonarista e não vamos recuar nas nossas posições. Vamos seguir firmes”, diz Boulos.
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Histórico de ameaças
Não é a primeira vez que Guilherme Boulos é alvo de ameaças. Em setembro de 2022, ele relatou que um homem armado o ameaçou durante um ato de campanha em São Bernardo do Campo (SP), na Grande São Paulo.
De acordo com informações da assessoria do parlamentar, as ameaças se intensificaram no fim do ano passado. Em nota, a equipe confirmou que, “a partir de agora, o deputado vai usar um carro blindado em seus deslocamentos pela cidade”.
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No documento enviado à PF, os advogados de Boulos alegam que optaram por acionar a corporação, e não a Secretaira de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), porque teriam a informação de que “um dos potenciais autores dos delitos é integrante das forças de segurança pública estadual”.
O atual secretário de Segurança do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Guilherme Derrite, “é um conhecido opositor do campo político do peticionário e do próprio Guilherme [Boulos]”, afirmam os defensores do deputado. Até o momento, a SSP-SP não se manifestou sobre as acusações.
A presidente nacional do PSOL, Paula Coradi, manifestou solidariedade ao deputado. “Até quando o ódio e a intimidação serão tolerados em pleno regime democrático?”, indagou em mensagem publicada nas redes sociais.
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Pré-candidata a vice na chapa de Boulos, Marta Suplicy também se solidarizou com o aliado. “Que as investigações cheguem aos autores das ameaças”, afirmou.