‘Não aceitamos presos políticos’, afirma Celso Amorim sobre Venezuela

Assessor da Presidência disse ser preocupante o pedido de prisão do ex-candidato de oposição e que 'não há como negar que há uma escalada autoritária na Venezuela'

Reuters

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O assessor internacional da Presidência, embaixador Celso Amorim, disse à Reuters que o governo brasileiro considera preocupante o pedido de prisão do candidato presidencial de oposição na Venezuela, Edmundo González, e vê uma escalada autoritária no país vizinho.

“Não há como negar que há uma escalada autoritária na Venezuela. Não sentimos abertura para o diálogo; há uma reação muito forte a qualquer comentário. Temos notícias de várias prisões — o próprio governo anunciou mais de 2 mil prisões, não sei se para intimidar. Não há dúvida de que há um autoritarismo”, disse Amorim em entrevista à Reuters nesta terça-feira (3).

Amorim acrescentou que a prisão de González poderia ser classificada como uma prisão política, já que ele é candidato presidencial em uma eleição que ainda não se resolveu. “A situação da eleição na Venezuela não está resolvida; nós não vemos a vitória de um lado ou de outro. Seria uma prisão política, e não aceitamos presos políticos.”

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O governo brasileiro ainda pretende divulgar uma nota sobre o tema. Segundo Amorim, o governo brasileiro tenta manter uma abertura para buscar uma solução pacífica para a crise venezuelana.

“Alguns dizem que pode ser ingenuidade. Talvez até seja mesmo, mas ainda temos esperança de uma solução negociada”, disse: “Nós não queremos salvar o [Nicolás] Maduro Nicolás, [presidente do país], queremos salvar a Venezuela.”

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