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SÃO PAULO (Reuters) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), passou suas últimas horas antes de começar oficialmente a campanha eleitoral em um público já cativo: estudantes, professores e servidores da Universidade de São Paulo, a quem pediu que não deixem de votar nas eleições deste ano.
Em um clima de comício –apesar de reclamar que não podia falar que era candidato ou pedir votos– Lula afirmou que o país pode sair ainda pior dessas eleições se não for possível mudar o atual governo.
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“Está na nossa mão em 2022 a responsabilidade de a gente dizer que país a gente quer”, discursou. “Se a gente se omitir, dizer que não gosta de política, o Brasil que pode emergir do processo eleitoral pode ser pior do que temos hoje.”
“Nós não temos o direito de ficar quietos com a destruição em massa que está acontecendo nesse país. Temos que gritar e protestar, e no dia 2 de outubro votar e tirar quem está aí”, acrescentou.
O evento organizado pela associações de docentes, servidores e alunos da universidade reuniu alguns milhares de pessoas no campus da universidade, em um movimento organizado pelas professoras Marilena Chauí e Ermínia Maricato. Um público já cativo do petista e que irrompeu em gritos de “Fora Bolsonaro” por diversas vezes.
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Ao lado de Lula, e sendo citado por ele, o ex-governador Márcio França (PSB) –candidato ao Senado na chapa com o petista Fernando Haddad para governador foi vaiado todas as vezes que seu nome foi falado.
O ex-governador Geraldo Alckmin, vice na chapa de Lula, optou por não comparecer. Apesar de a campanha ter alegado outra agenda, o fato é que Alckmin também não é bem quisto entre os estudantes.
Lula reclamou ainda da atual lei eleitoral, que impede que ele, como candidato, fale das eleições, diga ser candidato e mesmo use os recursos do fundo eleitoral antes do início da campanha oficial, que começa na terça-feira.
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“Estamos a 48 dias das eleições mais importantes do país. Você liga a televisão e só se fala em eleição, liga o rádio e só se fala em eleição, e eu não posso falar de eleição”, reclamou.
“A lei foi feita para garantir a manutenção de quem já tem mandato”, criticou.