Na promulgação de PEC, Bolsonaro elogia Congresso e volta a falar em deflação

No discurso, Bolsonaro também acenou às mulheres, eleitorado em que enfrenta maior rejeição

Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) em audiência com o Secretário-Geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). (Foto: Isac Nóbrega/PR)
O presidente Jair Bolsonaro (PL) em audiência com o Secretário-Geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). (Foto: Isac Nóbrega/PR)

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Ao participar da solenidade de promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios Sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou o Congresso Nacional por ser “parceiro” do governo e voltou a dizer que a redução do ICMS incidente sobre os combustíveis pode resultar em deflação.

“Teto do ICMS vai levar a inflação bem menor no próximo ano. Ouso dizer que podemos ter deflação. É o Brasil voltando à normalidade do período pré-pandemia”, declarou o presidente no Senado Federal.

Protagonista de tensões com o Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro afirmou na solenidade que “tem muito a agradecer” ao parlamento pelo dia de hoje e pelo apoio oferecido para criação de programas como o BEm e o Auxílio Emergencial. “Vivemos em plena harmonia”, afirmou. “Coragem para tomar iniciativa não faltou”, acrescentou, sobre o Congresso.

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A PEC promulgada hoje decreta estado de emergência no País para permitir ao Palácio do Planalto conceder e ampliar benefícios sociais às vésperas da eleição. “São três poderes harmônicos e independentes, mas Parlamentos e Executivo são irmãos”, afirmou o presidente, que, por outro lado, elogiou o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, próximo a ele e presente na solenidade. “Governo tem respaldo do Parlamento para buscarmos soluções para a população”.

Na solenidade, o chefe do Poder Executivo ainda reiterou que a compra de diesel da Rússia vai melhor atender o mercado e os fertilizantes vindos do país em guerra estão garantidos até meados do ano que vem.

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No discurso, Bolsonaro acenou às mulheres, eleitorado em que enfrenta maior rejeição. “Mulheres são pessoas importantíssimas. Nenhum homem pode crescer na vida se não tiver ao seu lado uma magnífica e maravilhosa mulher”, disse.

Em seguida, lembrou que títulos de terras serão entregues preferencialmente a mulheres e destacou a nomeação de Daniella Marques como presidente da Caixa após a queda de Pedro Guimarães por denúncias de assédio. “Mais de dois terços do Auxílio Brasil são de mulheres, é nosso olhar para as mulheres do Brasil. Temos na Caixa uma pessoa fantástica que está transformando a Caixa para elas”.

Para ensaiar o discurso que vai usar nas eleições, Bolsonaro disse que o ano de 2019 foi “tranquilo” e lembrou a chegada da pandemia em 2020 – o governo atribui os problemas sociais à crise econômica trazida pelo coronavírus. “E o Auxílio Brasil vai diretamente para o bolso dos beneficiários”.

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De olho no eleitorado do Nordeste, onde seu rival Lula (PT) é mais forte, Bolsonaro afirmou que “muitas coisas estão a caminho”, como eólicas offshore. “Poderemos reindustrializar a região”, afirmou.

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