Na largada do horário eleitoral, candidatos “ignoram” Marçal e focam em biografias

Pablo Marçal (PRTB) não tem direito a participar do horário eleitoral. Seu partido não tem nenhum representante no Congresso Nacional, exigência para que as candidaturas tenham acesso ao tempo de TV

Fábio Matos

Os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Da esquerda para a direita: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB)
Os 5 candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de São Paulo. Da esquerda para a direita: Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB) e Tabata Amaral (PSB)

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A estreia da propaganda eleitoral na campanha pela prefeitura de São Paulo (SP), na manhã desta sexta-feira (30), foi marcada pela apresentação das biografias de cada um dos principais candidatos e por uma tentativa de “isolar” o candidato do PRTB, Pablo Marçal, que tem monopolizado as atenções nas redes sociais.

Marçal não tem direito a participar do horário eleitoral. Seu partido não tem nenhum representante no Congresso Nacional, exigência para que as candidaturas tenham acesso ao tempo de TV.

No rádio, que teve os primeiros programas dos candidatos transmitidos nesta sexta, Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB), José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB) optaram por não dar holofotes ao empresário e influenciador e se preocuparam em se “apresentar” aos eleitores.

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O atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, se apresentou como “cria da periferia”. Ele destacou que estudou em escola pública e cresceu na região sul da capital paulista, onde concentrou sua atuação na vida política até se tornar prefeito.

“Cria da periferia”

Reunindo a maior quantidade de partidos em apoio à sua candidatura (12), Nunes contará com 6 minutos e 30 segundos em cada bloco de 10 minutos do horário eleitoral.

Além disso, o prefeito e candidato ao segundo mandato terá mais 27 minutos e 20 segundos, que serão distribuídos em uma série de inserções durante a programação das emissoras de TV e rádio.

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Boulos, por sua vez, jogou luz sobre o apoio que recebe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O candidato do PSOL à prefeitura mirou sua artilharia nos principais adversários, mas sem mencioná-los – falou em derrotar o bolsonarismo em São Paulo e também em candidatos que teriam cometido crimes.

Boulos ficou com o segundo maior tempo de propaganda, com 2 minutos e 22 segundos em cada bloco do horário eleitoral, além de inserções que somarão 10 minutos.

A propaganda eleitoral na TV vai até 3 de outubro. Na TV, serão 2 blocos de 10 minutos (às 13h e às 20h30) e 42 inserções de 30 segundos cada. No rádio, com o mesmo número de inserções, os 2 programas de 10 minutos serão transmitidos às 7h e às 12h.

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Veja o tempo de cada candidato na propaganda eleitoral em TV e rádio:

Ricardo Nunes (MDB): 6 minutos e 30 segundos
Guilherme Boulos (PSOL): 2 minutos e 22 segundos
José Luis Datena (PSDB): 35 segundos
Tabata Amaral (PSB): 30 segundos

Veja a soma do tempo de cada candidato nas inserções diárias:

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Ricardo Nunes (MDB): 27 minutos e 20 segundos
Guilherme Boulos (PSOL): 10 minutos
José Luis Datena (PSDB): 2 minutos e 29 segundos
Tabata Amaral (PSB): 2 minutos e 10 segundos

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Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”