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No dia seguinte à absolvição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que preservou seu mandato como senador, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou que continuará fazendo oposição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não pretende concorrer à sucessão do petista nas eleições de 2026.
Eleito, em 2022, para um mandato de 8 anos no Senado Federal (até 2030), Moro indicou que apoiará um nome da oposição para derrotar Lula e o PT daqui a 2 anos. “Oposição, sim, mas sem que nós alimentemos essa polarização nacional”, ponderou Moro, em entrevista coletiva, nesta quarta-feira (22).
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“Pretendo continuar sendo oposição ao governo Lula, e vejo, infelizmente, o país em rumos errados em vários cenários. Entre eles, por exemplo, no aumento da tributação sobre a população e no aumento da dívida pública sem controle de gastos”, criticou o senador.
Sem antecipar qualquer apoio para as eleições de 2026, Moro mencionou alguns dos principais nomes cotados, neste momento, para enfrentar a possível candidatura de Lula à reeleição: os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Caiado, inclusive, é do mesmo partido de Moro.
Sobre a absolvição no TSE, Moro reiterou as declarações que havia feito pelas redes sociais e classificou como “boatos” os comentários de que poderia ter o mandato cassado pela Justiça Eleitoral.
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“Quando era juiz, diziam que era impossível combater no Brasil a grande corrupção e acabar com a impunidade. E nós fizemos a Lava Jato, produto, sim, das instituições brasileiras, mas em relação ao qual eu tive uma participação relevante durante 4 anos”, disse o senador.
O julgamento no TSE
Por 7 votos a 0, o TSE rejeitou os recursos apresentados por PT e PL e absolveu o ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública das acusações de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha eleitoral de 2022.
O tribunal eleitoral analisou uma ação movida pela federação formada por PT, PCdoB e PV e outra pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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O senador era acusado de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha eleitoral de 2022. As ações pediam a cassação do mandato parlamentar do ex-juiz, sua inelegibilidade por 8 anos e a realização de uma nova eleição para o Senado no Paraná.
No fim de 2021, Moro se filiou ao Podemos e era cogitado como possível candidato do partido à Presidência da República. Em março de 2022, a 7 meses das eleições, o ex-juiz deixou a legenda e migrou para o União Brasil, como pré-candidato ao Senado por São Paulo. Em junho, após ter a troca de domicílio eleitoral vetada pela Justiça, anunciou a candidatura a uma vaga de senador pelo Paraná.
O TSE é composto por sete integrantes: Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Nunes Marques, Raul Araújo Filho, Maria Isabel Diniz Gallotti Rodrigues, André Ramos Tavares e Floriano Peixoto de Azevedo Marques Neto (o relator do caso Moro). Era necessária maioria simples de votos para condenar ou absolver o senador.
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