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Em nota oficial, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE, Alexandre de Moraes, repudiou “a covarde e abjeta agressão” do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais, Jefferson ofende Cármen Lúcia chamando-a de “bruxa” e “Cármen Lúcifer”, além de compará-la a “prostitutas” e “vagabundas”.
Os xingamentos foram feitos enquanto o ex-deputado – que cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica – comentava uma decisão do TSE que concedeu direitos de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em canais da Jovem Pan. Cármen Lúcia votou favoravelmente a Lula no julgamento, que terminou em 4 a 3.
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Na nota, Moraes afirma que tomará as providencias institucionais necessárias para “o combate à intolerância, à violência, ao ódio, à discriminação e à misoginia que são atentatórios à dignidade de todas as mulheres e inimigos da Democracia, que tem, historicamente, em nossa Ministra uma de suas maiores e intransigentes defensoras”.
Segundo o presidente do TSE, as agressões machistas e misóginas, como classificou, demonstra “a insignificante estatura moral e intelectual daqueles que, covardemente, se escondem no falso manto de uma inexistente e criminosa ‘liberdade de agressão’, que jamais se confundirá com o direito constitucional de liberdade de expressão” – ressaltando que esta não pode ser utilizada como “escudo protetivo para a prática de todo tipo de infrações penais”.