Moraes manda soltar ex-chefe da PRF, que terá de usar tornozeleira eletrônica

Silvinei Vasques estava preso desde agosto do ano passado, por ordem do STF, suspeito de tentar interferir no processo eleitoral de 2022 para beneficiar o então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL)

Fábio Matos

Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) (Foto: Reprodução)
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) (Foto: Reprodução)

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quinta-feira (8), a soltura de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Silvinei estava preso desde agosto do ano passado, por ordem do STF, suspeito de tentar interferir no processo eleitoral de 2022 para beneficiar o então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

O ex-chefe da PRF é alvo de um inquérito da Polícia Federal (PF) por supostamente ter orientado a corporação a dificultar o acesso de eleitores aos locais de votação no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em sua decisão, Moraes determinou que Silvinei Vasques cumpra uma série de medidas cautelares, sob pena de retornar à prisão. Ele terá de usar tornozeleira eletrônica e terá suspenso o seu porte de armas.

Além disso, seu passaporte será cancelado, ele terá de se apresentar, semanalmente, à Justiça e não poderá se comunicar com os demais investigados no inquérito.

A defesa de Silvinei argumentou que o ex-chefe da PRF não oferecia riscos ao andamento das investigações. Os advogados também alegavam que seu cliente enfrenta problemas de saúde.

Fábio Matos

Jornalista formado pela Cásper Líbero, é pós-graduado em marketing político e propaganda eleitoral pela USP. Trabalhou no site da ESPN, pelo qual foi à China para cobrir a Olimpíada de Pequim, em 2008. Teve passagens por Metrópoles, O Antagonista, iG e Terra, cobrindo política e economia. Como assessor de imprensa, atuou na Câmara dos Deputados e no Ministério da Cultura. É autor dos livros “Dias: a Vida do Maior Jogador do São Paulo nos Anos 1960” e “20 Jogos Eternos do São Paulo”