Moraes libera Bolsonaro a ir ao velório da mãe de Costa Neto, presidente do PL

O pedido foi necessário porque Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto estão proibidos pelo ministro de manter contato devido às investigações da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF)

Agência Brasil

Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República (Foto: Flicker Oficial - Palácio do Planalto/ Alan Santos/PR)
Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República (Foto: Flicker Oficial - Palácio do Planalto/ Alan Santos/PR)

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a comparecer ao velório da mãe do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Leila 

Caram Costa morreu nesta terça-feira (3), aos 99 anos. O enterro será em Mogi das Cruzes (SP). Pela manhã, a defesa do ex-presidente protocolou o pedido para que Bolsonaro possa comparecer ao sepultamento.

O pedido foi necessário porque Bolsonaro e Valdemar estão proibidos pelo ministro de manter contato devido às investigações da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF). O inquérito apura o planejamento para um golpe de Estado em 2022.

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“Autorizo Jair Messias Bolsonaro a manter contato com o investigado Valdemar Costa Neto, nos citados velório e sepultamento que acontecerão, respectivamente, na Câmara Municipal de Mogi das Cruzes e no Cemitério São Salvador, no município de Mogi das Cruzes/SP, na data de hoje, 3/12/2024”, decidiu Moraes.

Exterior

Na mesma decisão, Moraes ressaltou que não há nenhum impedimento para Bolsonaro se deslocar pelo país.

“Ressalto que não há qualquer restrição à locomoção do investigado Jair Messias Bolsonaro, em território nacional, havendo, entretanto, a proibição de manter contato com os demais investigados, entre eles Valdemar Costa Neto”, afirmou o magistrado.

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O ex-presidente está com o passaporte retido e está proibido de sair do país. A restrição ocorre em função das investigações que apuram a suposta tentativa de golpe de Estado no país e a venda irregular de joias recebidas pelo ex-presidente em viagens internacionais.

A retenção do documento deve impedir o ex-presidente de comparecer à posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro de 2025.