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SÃO PAULO – De acordo com informações do jornal Valor Econômico, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal estão fechando o cerco em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pelo menos seis frentes de apuração criminal. O jornal destaca que documentos anexados a investigações mostram o avanço sobre negócios ligados direta ou indiretamente ao petista, passando desde a denúncia de venda de medidas provisórias, palestras que poderiam ter sido usadas para camuflar o tráfico de influências em relação às empreiteiras investigadas na Lava Jato, entre outros.
O jornal informa que uma das apurações é o PIC (Procedimento Investigatório Criminal) sobre suposto tráfico de influência internacional em favor da Odebrecht. Além disso, a Operação Zelotes investiga pagamentos recebidos por Luís Claudio, filho mais novo do ex-presidente, e a suspeita de que Gilberto Carvalho tenha supostamente atuado para tráfico de influência e corrupção.
No âmbito da Lava Jato, a suspeita é de que o navio-sonda Vitória 10.000 supostamente teria sido entregue para operação da Schahin, sem licitação. Isto teria ocorrido por intermediação do amigo de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai, tendo como contrapartida a quitação de uma dívida de campanha de R$ 60 milhões de Lula referente a 2006 que teria sido feita pelo Schahin. A Lava Jato ainda examina os pagamentos de empresas investigadas à LILS, empresa de Lula para receber por suas palestras e ao Instituto Lula. Apesar de Lula não ser oficialmente investigado no âmbito da Lava Jato sua empresa, a LILS, e o Instituto Lula, estão sendo investigadas por pagamentos recebidos de empreiteiras acusadas pelo MPF de integrar cartel em licitações da Petrobras.
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Destaque ainda para a notícia da revista Época deste final de semana, com a notícia de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), agência ligada ao Ministério da Fazenda que é encarregada de combater a lavagem de dinheiro no Brasil, apontou que contas ligadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos ex-ministros Antonio Palocci, Erenice Guerra e Fernando Pimentel movimentaram cerca de meio bilhão de reais. Teriam passado pelas contas da empresa de palestras de Lula, a LILS, cerca de R$ 52,3 milhões.
Suspeitas também em Portugal…
Vale destacar ainda a notícia do jornal português Público deste último feriado, que promete gerar ainda mais suspeitas em relação ao ex-presidente. A Polícia de Portugal está investigando pessoas próximas ao ex-presidente, bem como ex-governantes e gestores brasileiros e portugueses, em um inquérito relacionado ao negócio fechado entre a operadora Oi (OIBR4) e a Portugal Telecom em 2010.
Segundo o jornal, pagamentos vindos de construtoras como a Andrade Gutierrez teriam aberto as portas para que o acordo entre as telecoms fosse autorizado pelo Brasil e pelas agências reguladoras. O dinheiro teria vindo de construtoras brasileiras, numa forma de quitar uma dívida que existia entre essas empresas e a Portugal Telecom, avaliado na época em 1,2 bilhão de euros. O Ministério Público português confirmou a existência de duas investigações ocorrendo em paralelo e disse que a cooperação com o MP brasileiro tem sido “constante”.
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