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BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta sexta-feira (8), que os militares têm o compromisso de se preparar para a possibilidade de agressões internas, destacando que não se pode comungar com uma “traição”.
Sem dar detalhes sobre qual agressão interna seria possível no país, Bolsonaro fez as declarações durante solenidade de entrega de espadins aos cadetes da Força Aérea Brasileira em Pirassununga, no interior de São Paulo.
“Alguns vendilhões se associam a outros de fora para nos escravizar. Nós militares, todos, vocês jovens cadetes que receberam o espadim há pouco, nós todos fizemos um juramento, dar a vida por nossa pátria, se preciso for”, disse.
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“E esse dar a vida não é por possíveis agressões de fora, em especial, por agressões internas. Temos esse compromisso, temos de nos preparar dia a dia para essa possibilidade. Vivemos em paz, temos um país democrático e seu povo ama e respira a liberdade”, emendou ele.
No discurso, Bolsonaro disse que não se pode admitir que a “traição” venha de pessoas de dentro do país que, disse ele, buscam, ao tirar a “nossa liberdade, entregar as nossas riquezas e a nossa gente à outra ideologia”.
O presidente afirmou que as Forças Armadas representam o progresso, a democracia e a liberdade e defendeu aos presentes que se preparem e analisem o que está acontecendo com o país, mais uma vez sem detalhar ao que se referia.
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Bolsonaro destacou ainda em seu discurso que, até o último dia da sua vida e do seu mandato, fará com que a “nossa Constituição seja cumprida”.
Comandante-em-chefe das Forças Armadas e ex-militar, o presidente tem buscado reforçar sua imagem junto à caserna e constantemente relembra sua origem militar ao fazer ataques ao Poder Judiciário e ao sistema eleitoral, o qual afirma sem apresentar provas ser sujeito a fraudes.
Autor de frequentes alegações falsas sobre as urnas eletrônicas, Bolsonaro tem usado os militares para questionar o processo eleitoral dizendo que haveria fragilidades no sistema de votação, sem no entanto apresentar provas.
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já mostrou que os questionamentos apresentados pelos militares são de natureza técnica e boa parte deles será atendido para as eleições deste ano.