Meta contínua não muda forma como BC enxerga política monetária, diz Campos Neto

Presidente do BC comenta que período mínimo de 36 meses para uma mudança de meta mostra um compromisso do governo com a transparência

Reuters

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: Brendan McDermid/Reuters)
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: Brendan McDermid/Reuters)

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São Paulo (Reuters) – O decreto que instituiu a meta contínua de inflação não significa uma mudança na forma como o Banco Central enxerga a política monetária, disse nesta quinta-feira (27) o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, ressaltando que nova sistemática não representa maior nem menor suavização no trabalho da autoridade monetária.

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Em entrevista para comentar o Relatório Trimestral de Inflação, em São Paulo, Campos Neto disse que o período mínimo de 36 meses para uma mudança de meta mostra um compromisso do governo com a transparência, acrescentando que o prazo dá estabilidade na previsão para o alvo.

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Selic

O presidente do BC também disse que uma eventual alta de juros não está no cenário base da autarquia, enfatizando que as comunicações recentes da autoridade monetária buscaram não apresentar orientação futura para a taxa Selic.

Campos Neto destacou que o BC está acompanhando o cenário e segue vigilante.

“Sobre alta de juros, não é o nosso cenário base, a gente entende que a linguagem adotada é compatível com não ter dado ‘guidance’ para o futuro neste momento”, afirmou.

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Após o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmar nesta semana que a percepção do mercado sobre a situação fiscal não está se deteriorando, Campos Neto disse que há uma percepção de analistas de piora nas contas públicas.