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Apesar de Porto Alegre (RS) estar com céu limpo desde o último domingo (5), o nível das águas continua alto, alagando áreas que não haviam sido atingidas até o momento.
Moradores dos bairros da Cidade Baixa, no centro da capital gaúcha, e do Menino Deus, na zona sul, tiveram de evacuar as regiões depois que bombas de drenagem da prefeitura foram inundadas e acabaram sendo desligadas por questões de segurança.
Essas bombas são responsáveis por tirar a água e jogar de volta ao rio Guaíba, que está com 5,27 metros, nesta terça-feira (7), ainda muito acima da cota de inundação (de 3 metros).
Com o desligamento, as ruas, carros, casas e comércios dos bairros foram tomados pela água em menos de meia hora. “Peguei só o principal e vou voltar para o trabalho”, disse uma moradora.
“Foi o tempo de levantar as coisas e sair de dentro de casa”, afirmou outro morador, dentro da casa inundada.
Equipes de segurança foram ao local para ajudar na evacuação, com a recomendação que os moradores busquem locais seguros e abrigos.
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Tragédia sem fim
De acordo com o novo boletim divulgado pela Defesa Civil, na manhã desta terça-feira (7), já são 90 os mortos pelas enchentes em todo o estado.
Ainda segundo as autoridades gaúchas, 132 pessoas seguem desaparecidas e 361 ficaram feridas.
A Defesa Civil informou, ainda, que 203,8 mil pessoas estão fora de suas casas, das quais 48,1 mil estão alojadas em abrigos e 155,7 mil estão desalojadas (hospedadas em casas de familiares ou amigos).
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Até o momento, segundo a Defesa Civil, 388 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul foram atingidos, de alguma forma, pelas chuvas históricas. Ao todo, 1,3 milhão de pessoas foram afetadas pela tragédia.
Previsão de mais chuva
De acordo com a Climatempo Meteorologia, o avanço de uma nova frente fria em algumas regiões do Rio Grande do Sul volta a aumentar a probabilidade de novas pancadas de chuva, principalmente a partir de quarta-feira (8), o que deixa o estado permanentemente em alerta.
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O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade, o que foi reconhecido pelo governo federal. Assim, o estado passa a ter condições de solicitar recursos federais excepcionais para ações de defesa civil, resgate, assistência humanitária, reconstrução de infraestrutura e restabelecimento de serviços essenciais (como água e energia).
(Com Agência Brasil)