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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante (PT), afirmou nesta segunda-feira (29) que o banco de fomento responde por apenas 1,3% do crédito nacional e, por isso, não tem tamanho para interferir nos rumos da política monetária.
“Qual é o peso do BNDES para o volume de crédito do país? 1,3%. Em economia, o rabo não abana o cachorro. Nós não temos tamanho para interferir na potência da política monetária”, afirmou Mercadante a jornalistas antes de deixar encontro do grupo empresarial B20, ligado ao G20, no Rio de Janeiro.
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A declaração é uma resposta às críticas sobre a ampliação do crédito pretendida pelo banco, de que o volume de empréstimos poderia frear a trajetória de queda da taxa básica de juros (Selic) à frente. Ele afirmou que essa leitura não procede e que a taxa não só vem caindo como poderia ter começado a cair antes.
“Espero que a taxa de juros caia mais meio ponto porcentual na quarta-feira. E dava para ter caído mais cedo”, afirmou o presidente do BNDES sobre a reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
Mercadante também minimizou a volta de subsídios e de crédito direcionado e disse que o volume é “muito pequeno” no universo de financiamentos do BNDES. Ele disse que as taxas subsidiadas representam apenas 19% das operações atuais e que a taxa TR (taxa referencial) para inovação vai representar somente R$ 5 bilhões por ano.