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SÃO PAULO – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello determinou a soltura de todos os presos condenados em segunda instância. A decisão afeta, por exemplo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
“Defiro a liminar para, reconhecendo a harmonia, com a Constituição Federal, do artigo 283 do Código de Processo Penal, determinar a suspensão de execução de pena cuja decisão a encerrá-la ainda não haja transitado em julgado”, disse Marco Aurélio na decisão.
“[…] Bem assim a libertação daqueles que tenham sido presos, ante exame de apelação, reservando-se o recolhimento aos casos verdadeiramente enquadráveis no artigo 312 do mencionado diploma processual”, completa o texto. Clique aqui e veja a decisão na íntegra.
Menos de uma hora após a decisão, a defesa do ex-presidente Lula oficializou o pedido de soltura do petista.
Marco Aurélio defende que deve ser mantido o artigo 283 do Código de Processo Penal, que diz que as prisões só podem ocorrer após o trânsito em julgado, ou seja, quando não couber mais recursos no processo.
A decisão atende a um pedido do PCdoB, que tinha uma liminar pendente no Supremo. Havia ainda outros pedidos, um do Patriota e outro da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que já haviam sido apreciados pelo plenário.
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Na última segunda-feira, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, marcou para dia 10 de abril de 2019 o julgamento que deve definir o entendimento do STF sobre a prisão após condenação em segunda instância.
Desde 2016, o Supremo entende que a prisão após condenação em segunda instância é possível, mas não há um entendimento sobre o assunto, que deve ser retomado em abril do ano que vem.
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