Marcio Pochmann, do IBGE, critica taxa de juros real ‘exorbitante’

Em publicação no antigo Twitter, o presidente do IBGE escreveu que "insistir na continuidade do receituário neoliberal joga cada vez mais água no moinho nazifascista remodelado"

Estadão Conteúdo

Na foto o presidente do IBGE, Marcio Pochmann. (Foto: Jose Cruz/ Agência Brasil)
Na foto o presidente do IBGE, Marcio Pochmann. (Foto: Jose Cruz/ Agência Brasil)

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O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, criticou o que chama de “receituário neoliberal”. “Insistir na continuidade do receituário neoliberal joga cada vez mais água no moinho nazifascista remodelado”, escreveu em publicação no X (antigo Twitter) na manhã deste sábado (15).

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O economista não especificou o que classifica como neoliberalismo, mas a expressão é relacionada à redução de gastos públicos. A publicação foi feita após a recente tensão no mercado financeiro doméstico, motivada em parte por receios de que o governo federal estaria pouco inclinado a equilibrar as contas públicas via corte de despesas – percepção que foi parcialmente revertida desde quinta-feira, após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet.

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O atual nível da taxa básica de juros também foi alvo de crítica de Pochmann na rede social. Ele aponta que, ainda que a Selic tenha caído nominalmente, a taxa real de juros segue “exorbitante”. Os reflexos disso na economia nacional, segundo o presidente do IBGE, são o acúmulo dos lucros bancários e o alto gasto com pagamento de juros de endividamento.

“Neste cenário, dificilmente pode haver superávit fiscal sustentável, tampouco a redução do grau de endividamento público, salvo a destruição do setor público com aprofundamento do subdesenvolvimento e da dependência externa”, escreveu.

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