Marçal diz que não é vitimista, mas pedirá cassação do registro de Datena

Na saída do hospital, onde passou a noite após a agressão praticada por José Luiz Datena, Pablo Marçal renovou ataques contra os adversários e à cobertura do caso pela imprensa

Roberto de Lira

Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo (SP) (Foto: Reprodução/YouTube)
Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo (SP) (Foto: Reprodução/YouTube)

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“Vamos para a guerra”, afirmou o candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), em entrevista na saída do Hospital Sírio Libanês, onde ficou em internado para observação e exames após ter sido agredido na noite de domingo com uma cadeirada pelo adversário José Luiz Datena (PSDB), durante o debate na TV Cultura.

“Vamos pedir a cassação do registro dele, vamos pedir tudo o que precisa ser pedido, em nome da sociedade. Fiquei refletindo ontem: um cara que comete assédio sexual, deve ter gastado alguns milhões pelo silêncio dessa mulher. E vocês passam pano”, disse, em referência ao que ele classificou como cobertura desigual pela imprensa.

Segundo ele, está horrível assistir alguns jornalistas defendendo o ex-ministro Silvio Almeida após as denúncias de assédio sexual. “O governo federal sabendo há meses desse assédio e nada fez.”

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Ele refutou totalmente a narrativa de que estaria se vitimizando após o ocorrido. “Ontem, eu fui vítima do Datena, mas eu não sou vitimista. Nós vamos para a guerra. Foi só um esbarrão, né Datena? Se eu quisesse paz, eu pegava minha família e saía do país. Só o que eu quero é liberdade. E querendo liberdade, nós vamos investir tudo o que a gente tem”, prometeu

Ele voltou a perguntar que ódio é esse que Datena sente por ele, a ponto de sofrer “uma tentativa de homicídio”. Ele aproveitou para alfinetar o prefeito Ricardo Nunes. “Se você bate uma cadeira dessas em uma pessoa indefesa, igual ao ‘Bananinha’ [como ele se refere jocosamente a Nunes], igual ao Ricardo Nunes, tinha mandado esse cara para a UTI. Sua sorte é que eu me defendi. E é terrível ver um cara desvairado e maluco como você”.

Ele continuou atacar Nunes, lembrando a acusação de violência doméstica. “A gente que saber por que você bateu na sua esposa, Ricardo Nunes. Foi com mão fechada ou aberta? Ela foi registra um boletim de ocorrência contra você. Se ela te perdoou tudo bem, mas você precisa explicar para todas as mulheres aqui”.

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Sobre o debate de ontem, ele disse que “estava ocorrendo no maior nível de nobreza”, mas que foi Datena quem plantou a agressão. “O Datena começou fazendo gracinhas, ele tem uma pauta com o consórcio comunista do Brasil, de me acusar de coisa que eu nunca fiz. Me acusou, levantou uma mentira e eu pus só uma verdade na frente dele. Não suportou”, afirmou

Ele disse ainda que o candidato que o agrediu é um ex-petista e um comunista que tem até foto de Che Guevara em casa. “Che Guevara não concordava com a homossexualidade, ele matava os homossexuais. É isso que vocês querem para esse país?”

Sobre um vídeo que sua equipe postou mais cedo comparando a agressão com os atentado contra Donald Trump e Jair Bolsonaro, ele defendeu a comparação. “Um foi com uma bala de fuzil, outro foi com uma faca e outro com uma cadeira. Por que não tem isso com gente de esquerda? Sempre é alguém de esquerda tentando tirar a vida ou parar alguém da direita.”

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“Vocês não são do amor. Vocês querem fazer isso aqui virar a Nicarágua, isso aqui virar Cuba. A gente quer isso aqui de volta. Não vamos arregar para comunista”, declarou.