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SÃO PAULO – O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou nesta terça-feira (10) sobre a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de interromper o estudo clínico da vacina Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac.
Um usuário da rede social Facebook perguntou ao presidente se o Brasil iria comprar a CoronaVac caso ela fosse considerada segura. Em resposta ao comentário, o presidente compartilhou uma notícia sobre a interrupção dos testes.
“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu Bolsonaro na rede social, em referência à disputa politica envolvendo as possíveis vacinas contra a Covid-19 entre o presidente e João Doria (PSDB), governador de São Paulo.
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O comentário ocorre após uma série de desgastes envolvendo Bolsonaro, Doria, o Ministério da Saúde e a CoronaVac. Após o presidente desautorizar a compra da CoronaVac pelo Ministério da Saúde, Bolsonaro e Doria vem trocando provocações.
A fala de Bolsonaro ocorre no dia seguinte à suspensão dos testes da CoronaVac no Brasil. Na noite da última segunda-feira (9), os testes da vacina foram oficialmente interrompidos pela Anvisa, após a agência declarar que foi registrado um evento adverso grave envolvendo um voluntário brasileiro.
Em nota, o Butantan afirmou que a morte não é relacionada à vacina. O instituto também se disse surpreso ao ser informado pela mídia da paralisação dos testes, e não oficialmente pela Anvisa.
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Dimas Covas, diretor geral do instituto, afirmou que recebeu com estranheza a notícia. Em entrevista ao portal G1, Covas disse que o efeito adverso trata-se de “um óbito não relacionado à vacina” e, portanto, “não existe nenhum momento (ou motivo) para interrupção do estudo clínico” da vacina no Brasil.
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