Lula tem 41% de aprovação e maioria apoia forma de governar, diz Ipec

Números foram divulgados em pesquisa Ipec encomendada pelo jornal O Globo

Luís Filipe Pereira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em café da manhã com o conselho político da coalizão (Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em café da manhã com o conselho político da coalizão (Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil)

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Pouco mais de três meses depois de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumir o comando do Palácio do Planalto, 41% dos brasileiros classificam a administração do atual presidente como boa ou ótima. Outros 24% afirmam que ela é ruim ou péssima, e 30% avaliam de maneira regular. Os números são de pesquisa Ipec divulgada pelo jornal O Globo, no domingo (19).

Segundo o Ipec, o modo de governar do presidente em seu terceiro mandato tem a aprovação da maioria da população (57%). A maior taxa de aprovação de Lula se concentra entre moradores do Nordeste – região que representou parcela significativa do eleitorado que deu a vitória ao petista nas eleições de 2022 -, com baixa escolaridade e com renda de até um salário mínimo. Essa faixa da população tem merecido atenção neste início de terceiro mandato. Além de trabalhar pela aprovação da PEC da Transição, que garantiu Bolsa Família de R$ 600 mais adicional de R$150 para crianças de até seis anos, o governo Lula também retomou o programa Minha Casa Minha Vida para a faixa 1, destinada a pessoas cujo rendimento mensal não ultrapassa R$ 2.640.

Entre os que reprovam a atual administração de Lula, estão os brasileiros com renda acima de cinco salários, e que habitam as regiões Norte e Centro-Oeste, onde o agronegócio – segmento que se notabilizou pelo apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu mandato – impulsiona a atividade econômica. O atual mandatário também encontra resistência entre os evangélicos, público que integrou grande parte da base eleitoral bolsonarista em 2022, e que apoiou o ex-presidente quando o debate eleitoral envolveu aspectos religiosos e de costume.

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No Sudeste, região onde vive a maior parte dos brasileiros, o petista teve 36% de opiniões que consideram seu início de governo positivo, contra 21% que apresentaram uma percepção contrária.  O jogo político acirrado na região passa pela influência de figuras da oposição, como os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que publicamente tem se mostrado a dialogar com o governo federal, além do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

A pesquisa do Ipec  foi realizada a partir de entrevistas presenciais com 2 mil pessoas de 16 anos ou mais em 128 municípios entre os dias 2 e 6 de março. A margem de erro máxima estimada é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Na comparação com os três primeiros meses de seu antecessor, Lula tem desempenho melhor. Em março de 2019, o início do governo de Bolsonaro, que assumiu o Planalto com promessa de valorizar pautas conservadoras sob o ponto de vista dos costumes e na economia promover a privatização de estatais como Correios e Eletrobras, era considerado ótimo ou bom para 34% dos entrevistados; 24% reprovavam o então presidente, sucessor de Michel Temer (MDB) no comando do país.

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