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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta segunda-feira (1º), os rumores de que o Partido Democrata, nos Estados Unidos, poderia indicar um outro candidato para disputar a eleição no país, substituindo o atual presidente, Joe Biden, na disputa contra o republicano Donald Trump.
Na semana passada, no primeiro debate da campanha deste ano entre os dois concorrentes, a atuação de Biden foi considerada muito ruim. Ele se mostrou claudicante, demorou para responder algumas questões e se confundiu em diversos momentos. O presidente dos EUA, que derrotou Trump na eleição de 2020, hoje tem 81 anos – três a mais que o adversário e que o próprio Lula (78).
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“É muito difícil a gente dar palpite no processo eleitoral do outro país. Depois do resultado eleitoral, temos de conviver com quem ganhou as eleições. Você tem de tomar cuidado para não criar animosidade”, ponderou Lula, em entrevista à Rádio Princesa, de Feira de Santana (BA).
“Eu, pessoalmente, gosto do Biden, já encontrei com ele várias vezes. Acho que o Biden tem um problema, ele está andando mais lentamente, está demorando mais para responder as coisas. Mas quem sabe da condição do Biden é o Biden”, prosseguiu o presidente brasileiro.
“Uma pessoa pode mentir para todo mundo, mas não pode mentir para ela mesma. O Biden tem de avaliar. Se ele está bem, é candidato. Mas, se ele não está, é melhor eles tomarem uma decisão. O que foi chato e desagradável é que, no debate, expuseram muito a fragilidade dele”, afirmou Lula.
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O petista admitiu que está torcendo pela reeleição de Biden, mas disse que, caso seja necessário, os democratas poderão escolher um novo nome para enfrentar Trump no pleito de novembro.
“Fico torcendo pelo Biden. Deus queira que esteja bem de saúde, Deus queria que ele possa concorrer. Senão, o Partido Democrata pode indicar outra pessoa. Aqui eu estava preso e indiquei o Haddad [nas eleições de 2018]”, comparou Lula.
Rússia x Ucrânia
Ainda na seara internacional, Lula foi questionado sobre a posição do Brasil em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia.
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Diferentemente dos EUA e da maioria dos países da Europa, o governo Lula tem adotado uma postura de neutralidade no conflito – mas o petista é frequentemente criticado por supostamente estar mais alinhado ao regime do russo Vladimir Putin.
“Eu sou contra a guerra. Essa guerra foi desnecessária e poderia ter sido resolvida em uma mesa de negociação”, disse Lula.
“Temos que ver se há uma brecha para começarmos a discutir um acordo para a paz. Quando tiver essa brecha, o ‘Lulinha’ entra para ajudar a resolver. Mas participar da guerra, não participarei”, concluiu.