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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu votos de forma antecipada, nesta quarta-feira (1º), para o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à prefeitura de São Paulo.
Durante ato de celebração do Dia do Trabalhador, organizado por centrais sindicais, em São Paulo, Lula disse que Boulos estava disputando “uma verdadeira guerra” na capital mais populosa do país, por enfrentar três de seus adversários políticos.
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A referência foi ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição. Nenhum dos três foi citado nominalmente.
Em discurso aos sindicalistas, Lula disse que “ninguém derrotará” Boulos se cada um dos presentes o apoiar na disputa. O presidente também fez um apelo para que todos que votaram nele desde sua primeira eleição, em 1989 (quando foi derrotado por Fernando Collor), escolhessem o parlamentar para a prefeitura de São Paulo.
“Esse jovem está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual e está disputando contra o nosso adversário municipal”, disse Lula.
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“Então, ele está enfrentando três adversários. E, por isso, eu quero dizer a vocês: ninguém derrotará esse moço se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010, em 2022 tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, continuou.
O movimento de Lula pode configurar, em tese, propaganda eleitoral antecipada − conduta vedada pela legislação eleitoral e que pode implicar em cobrança de multa pela Justiça Eleitoral. Na disputa pela capital paulista, o Partido dos Trabalhadores (PT) já fechou apoio a Boulos e indicou a ex-prefeita Marta Suplicy para a vice na chapa.
A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) considera “propaganda eleitoral antecipada” o pedido explícito de voto antes do início autorizado pela Justiça Eleitoral para o período de campanha. Pela regra, as campanhas começam oficialmente em 16 de agosto, logo após o prazo de registro de candidaturas.
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O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que disputará a reeleição, e o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), pré-candidato no pleito, já avisaram que entrarão na Justiça contra o que alegam ser uma violação da legislação por Lula.